quarta-feira, 25 de maio de 2016

Deu no 'Jornal Nacional': Congresso aprova rombo recorde nas contas públicas

TV Globo


Numa sessão que só terminou de madrugada, o Congresso aprovou o pedido feito pelo governo do presidente em exercício, Michel Temer, para que as contas públicas fechem o ano com um rombo recorde.
Foi uma autêntica maratona. Dezesseis horas de sessão porque, antes da nova meta fiscal, era preciso votar 24 vetos da presidente afastada Dilma Rousseff a projetos aprovados no congresso. E PTPC do B e PDT, agora na oposição, obstruíram o quanto puderam a votação.
Em alguns momentos ficaram contra os vetos do governo que defenderam.
A nova meta fiscal só foi aprovada perto das 4h da manhã por votação simbólica. O governo está autorizado a fechar o ano com um déficit de R$ 170,5 bilhões. A meta anterior era de superávit de R$ 24 bilhões. A nova meta inclui a renegociação das dívidas dos estados. 
O líder da minoria no SenadoHumberto Costa, do PT, disse que o governo superestimou o rombo para aumentar os gastos. “Foi uma grande jogada política e contábil, mas que eu acho que ao longo do tempo vai se desmascarar”, afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE), líder da minoria.
O líder do PMDB, Eunício Oliveira, disse que a votação mostrou a força do governo Temer: “Ficou claro para o povo brasileiro que o presidente Michel Temer tem apoio congressual pra fazer as medidas, para mandar para o Congresso aprovar as medidas necessárias, repito, para que o Brasil volte a crescer”, disse o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), líder do partido.
O presidente em exercício, Michel Temer, comemorou o resultado: “Foi uma bela vitória”.
Ministério da Fazenda viu na aprovação da nova meta fiscal o compromisso do Congresso com a superação da crise e recuperação da economia, e um passo importante para derrubar as grandes incertezas sobre as contas públicas.
Na semana que vem, a equipe econômica deve enviar ao Congresso as medidas anunciadas terça-feira (24) para controle dos gastos do governo.