quarta-feira, 11 de maio de 2016

Cronograma prevê que Dilma seja notificada às 10h de quinta-feira


Futuro. Durante seu pedido de afastamento, Dilma deverá ficar no Palácio da Alvorada, que petistas querem transformar num “bunker” contra o processo de impeachment no Senado - André Coelho / Agência O Globo / 19-2-2016


Cristiane Jungblut - - O Globo



O cronograma prevê que a presidente Dilma Rousseff seja notificada às 10h desta quinta-feira, caso o Senado aprove a abertura do processo de impeachment da petista. Esse foi o horário que o ex-presidente Fernando Collor foi notificado, em 1992. Em seguida, às 11h, o vice-presidente Michel Temer seria notificado de que estará no comando do país por até 180 dias. Essa é a previsão inicial do Senado, segundo o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Temer pretende dar posse a novos ministros ainda na tarde de quinta-feira, para que não haja vácuo de poder.

— Nessa situação, não há vazio de poder — disse Jucá, cotado para ser ministro do Planejamento.

Confirmado o afastamento da presidente, Michel Temer dará posse a ministros e fará um pronunciamento amanhã mesmo, durante a tarde. O vice quer evitar um vácuo de poder e se apresentar à população brasileira com um discurso em que tentará passar um sinal de confiança ao mercado e aos assistidos pelos programas sociais.

Em sua fala, programada para ocorrer durante a reunião dos novos ministros, Temer falará da necessidade de recuperar a economia e que, para isso, será preciso medidas duras. Citará mudanças na Previdência e a simplificação do sistema tributário. O peemedebista será enfático quanto à manutenção dos programas sociais, como o Bolsa Família, Minha Casa, MInha Vida, Prouni e Pronatec, afirmando que passarão por algumas reformulações mas para que se tornem mais eficientes.

Ainda, Temer dirá que a Operação Lava-Jato tem seu apoio integral e irá elogiar a ação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.

O senador do PR-TO Vicentinho Alves é o primeiro secretário da mesa no Senado e deve entregar a Dilma documento formalizando afastamento por 180 dias, caso o Senado vote pelo mesmo. - Pedro França / Agência Senado