FOLHA DE SÃO PAULO
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
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O candidato opositor Mauricio Macri lidera a apuração dos votos do segundo turno das eleições na Argentina com uma vantagem de oito pontos em relação ao governista Daniel Scioli, apoiado pela presidente Cristina Kirchner.
Segundo a comissão eleitoral, a participação nas eleições deste domingo (22) foi de 78% dos votos. Com 41,33% das seções eleitorais apuradas, Mauricio Macri tinha 54,05% dos votos válidos, contra 45,95% de Daniel Scioli.
Os resultados coincidem com as pesquisas de boca de urna, que mostravam o opositor na frente com vantagem de seis a 20 pontos percentuais. No primeiro turno, Mauricio Macri teve 34,15% dos votos, contra 37,09% de Daniel Scioli.
A previsão é que a tendência definitiva da votação seja descoberta por volta das 22h30 (23h30 em Brasília). Por volta do mesmo horário, os dois candidatos deverão se pronunciar sobre as eleições. A presidente Cristina Fernández de Kirchner não deverá falar sobre os resultados neste domingo.
Apesar da cautela dos candidatos, os aliados de Mauricio Macri faziam festa no centro usado pelo partido para agrupar a militância, em Buenos Aires. Os dirigentes opositores se diziam felizes, mas foram cautelosos.
"A eleição não terminou, a eleição termina quando as zerésimas estejam entregues. Estamos muito contentes com a eleição, mas temos que ir passo a passo", disse o dirigente do PRO Marcos Peña.
O presidente da União Cívica Radical, Ernesto Sanz, foi menos comedido. "A Argentina já não será mais igual a partir desta noite. A democracia argentina recuperou seu equilíbrio e veremos também se recuperou a alternância."
Do lado de Scioli, o chefe de gabinete do governador de Buenos Aires, Alberto Pérez, disse que é necessário esperar os resultados finais, mas agradeceu à militância peronista por ter pedido aos eleitores que fosem às urnas.
"Acho que os líderes deste dia são eles, os militantes do peronismo que acompanharam a candidatura de Daniel Scioli. Acredito que hoje ganhou a democracia. Em poucas horas saberemos quem será o novo presidente."