domingo, 14 de junho de 2015

Sobre a Guerra e Waterloo

Veja




Lançamento13 junho
sobre_a_guerra_capa(Tradução de Clóvis Marques, Civilização Brasileira, 630 páginas, 89 reais // Tradução de Bruno Casoti, Record, 364 páginas, 42 reais) Derrocada final de Napoleão Bonaparte, a Batalha de Waterloo completa duzentos anos em 18 de junho e pauta dois ótimos lançamentos sobre o grande general francês. Pela Civilização Brasileira, selo da Recrod, sai Sobre a Guerra, livro que reúne textos do próprio Napoleão sobre a “atividade” que o consagrou. Apesar de contar com trechos como “Basta apenas um exército, pois a unidade de comando é de primeira necessidade na guerra” e “É necessário que o ponto de reunião de um exército, em caso de surpresa, seja sempre designado na retaguarda, de tal maneira que todos os acantonamentos possam chegar a ele antes do inimigo”, é difícil imaginar que o livro, um calhamaço de mais de seiscentas páginas, se torne um fenômeno de vendas como A Arte da Guerra, do chinês Sun Tzu, recentemente convertido até em manual de autoajuda para executivos. Pontuado de notas capazes de explicar e contextualizar os escritos de Napoleão, feitas por seu organizador, o historiador Bruno Colson, da Universidade de Namur, na Bélgica, Sobre a Guerra é um misto de livro de história e de biografia, para quem quer conhecer melhor o gênio bélico de Napoleão Bonaparte — ou, em outros termos, conhecer melhor a sua “obra”. Também pela Record, mas aqui pelo selo principal da editora, sai Waterloo, estreia na não-ficção do britânico Bernard Cornwell, conhecido por romances históricos como A Busca do Graal e As Crônicas de Artur. Cornwell reconstitui a batalha a partir de uma acurada pesquisa, de que fizeram parte cartas e diários de Napoleão, o grande general, que perderia 65.000 homens antes de capitular, sobre o solo de Waterloo.