quinta-feira, 25 de junho de 2015

PF faz busca em agência que prestou serviços ao PT durante campanha de 2014

Gabriel Valente e Jailton de Carvalho - O Globo

Ação faz parte da segunda fase da Operação Acrônimo, deflagrada na manhã desta 



A Polícia Federal está fazendo busca e apreensão de documentos em dois escritórios da Pepper em Brasília na manhã desta quinta-feira. As buscas foram autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a partir da chamada Operação Acrônimo II, nova fase da investigação sobre supostos vínculos do governador de Minas Gerais Fernando Pimentel com movimentação financeira do empresário Benedito Oliveira. A Pepper prestou serviços 

Segundo fontes da investigação, além de Pimentel há outros seis alvos de investigação nesta segunda etapa. Os agentes da PF atuaram no Distrito Federal e em Minas. Por ordem do STJ, a PF não vai divulgar informações sobre a segunda fase da operação Acrônimo. Por isso não deve haver uma coletiva de imprensa.

A primeira fase da operação foi deflagrada há um mês, tendo como alvos empresários que doaram para partidos políticos na campanha de 2014 e lavaram dinheiro público em contratos superfaturados e com empresas de fachada.

Na primeira fase, a PF prendeu cinco pessoas em flagrante, entre elas Bené, que é ligado ao PT e considerado pela PF o chefe da suposta organização criminosa. Ele prestou serviços à campanha do governador de Minas, Fernando Pimentel. Na época, a PF cumpriu um mandato de busca e apreensão na casa da primeira-dama mineira, Carolina de Oliveira Pereira. Há indícios de que a empresa de Carolina fazia parte do esquema. Bené começou a ser investigado quando seu avião foi apreendido no ano passado, durante a campanha, com R$ 116 mil.


Na primeira fase da investigação, a PF concluiu que o grupo teria movimentado mais de R$ 500 milhões desde 2005, só em contratos com o governo federal. A Gráfica Brasil, principal empresa da família de Bené, faturou nada menos que R$ 465 milhões nesse período..