Mensagem foi enviada na segunda-feira (22), quando ele já estava preso.
Polícia desconfia que objetivo era atrapalhar as investigações.
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O presidente da construtora Odebrecht, que está preso, escreveu, dentro da cadeia, um bilhete em que ordena a destruição de e-mails. A suspeita da polícia é que o objetivo seria atrapalhar as investigações. Os advogados de Marcelo Odebrecht negam.
Marcelo Odebrecht foi preso na sexta-feira (19) por suspeita de participar do esquema de corrupção na Petrobras. Na segunda (22), ele escreveu um bilhete para o próprio advogado onde dizia "destruir e-mail sondas", ao lado a sigla "RR".
Segundo a polícia, RR pode ser a abreviação do nome Roberto Ramos. Ele e Marcelo Odebrecht trocaram pelo menos 11 e-mails sobre contratos de sondas para a Petrobras que foram apresentados pelos investigadores como uma das provas para justificar as prisões de executivos da Odebrecht. Outros e-mails de Roberto Ramos ainda não foram entregues à polícia, que suspeita que a intenção do presidente da Odebrecht era atrapalhar as investigações.
Os advogados do grupo Odebrecht disseram que as palavras de Marcelo foram mal interpretadas. “Destruição nada mais é que a do que esclarecer o conteúdo do e-mail e aniquilar a interpretação equivocada que a Polícia Federal deu a esse e-mail. Esse e-mail, importante frisar também, ele serviu como base para o pedido de prisão de Marcelo. Então, é natural que esse e-mail precisaria ser contestado através de recursos judiciais”, diz o advogado Augusto Botelho.
Nesta quarta (24), o juiz Sérgio Moro decidiu manter preso Alexandrino Ramos de Alencar, ex-executivo do grupo Odebrecht. Ele cumpria prisão temporária, mas agora vai ficar na carceragem da Polícia Federal por tempo indeterminado. O juiz citou depoimentos de delatores do esquema de corrupção da Petrobras para justificar a decisão.
Os advogados do grupo Odebrecht disseram que as palavras de Marcelo foram mal interpretadas. “Destruição nada mais é que a do que esclarecer o conteúdo do e-mail e aniquilar a interpretação equivocada que a Polícia Federal deu a esse e-mail. Esse e-mail, importante frisar também, ele serviu como base para o pedido de prisão de Marcelo. Então, é natural que esse e-mail precisaria ser contestado através de recursos judiciais”, diz o advogado Augusto Botelho.
Nesta quarta (24), o juiz Sérgio Moro decidiu manter preso Alexandrino Ramos de Alencar, ex-executivo do grupo Odebrecht. Ele cumpria prisão temporária, mas agora vai ficar na carceragem da Polícia Federal por tempo indeterminado. O juiz citou depoimentos de delatores do esquema de corrupção da Petrobras para justificar a decisão.
Um desses depoimentos é do funcionário do doleiro Alberto Youssef, Rafael Angulo Lopez, apontado como responsável por entregas de dinheiro do esquema. Em delação premiada, Rafael Angulo disse que, entre 2007 e 2008, o doleiro se reuniu várias vezes com Alexandrino. Rafael disse que levou pessoalmente para Alexandrino o número de contas bancárias no exterior, e que essa entrega teria sido feita na sede da Braskem, empresa do grupo Odebrecht em sociedade com a Petrobras.
Segundo as investigações, a Odebrecht pagava propina do esquema de corrupção da Petrobras em contas fora do Brasil.
A Braskem informou que Alexandrino de Alencar foi desligado da empresa em 2007 e que não tem conhecimento de reuniões para pagamento de propina. A Odebrecht tem negado participação no esquema. O advogado de Alexandrino de Alencar considerou ilegal e arbitrária a decisão do juiz Sérgio Moro de manter Alexandrino na cadeia.