terça-feira, 24 de setembro de 2024

Depósito em dólares aumenta em US$ 8 bilhões na Argentina de Milei

 

Divulgação


Desde que Javier Milei assumiu a Presidência da Argentina, em dezembro de 2023, os depósitos em moeda estrangeira no país aumentaram em cerca de US$ 8 bilhões. Segundo analistas, isso é efeito de medidas de austeridade em favor do mercado e de incentivos para atrair dólares em direção ao sistema financeiro local. Conforme dados que o Banco Central argentino divulgou, nesta segunda-feira, 23, o total de depósitos em moeda estrangeira ultrapassa, agora, US$ 24 bilhões. 

Quando assumiu o lugar do esquerdista Alberto Fernández, Milei tinha, nos cofres, US$ 16,5 bilhões. + Leia mais notícias de Mundo na Oeste Esse montante de recursos estrangeiros é, para o governo, essencial à estratégia de reversão do quadro recessivo. O país, dizem economistas, precisa, com urgência, de uma injeção de fundos no sistema financeiro.

Um dos maiores problemas atuais é sustentar as finanças do Estado, que estão debilitadas depois de anos de déficits fiscais acumulados, alta recorrente da inflação e queima sucessiva de reservas. O ingresso de dólares no país sul-americano, contudo, não é suficiente para reverter, de imediato, o quadro de fragilidade da economia. 

Recentemente, o governo informou uma queda de 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano, comparado aos três meses imediatamente anteriores. O desempenho também é negativo em 1,7% quando se projeta o PIB anual. A expectativa de queda era de 1,4%. Em meio à turbulência, o setor agrícola continua sendo fundamental na recuperação. Essa indústria liderou o crescimento, com aumento de 81,2%, em relação ao ano anterior. 

O setor pesqueiro também foi bem, com avanço de 41,3%. Argentina: problemas em áreas estratégicas Na contramão desses dados, a construção civil — área estratégica para o emprego — caiu 22,2%; a manufatura, 17,4%; e a atividade varejista, 15,7%, conforme dados do governo. A Argentina entrou em uma recessão técnica — definida como dois períodos consecutivos de queda do PIB, na comparação trimestral — no primeiro trimestre deste ano, encerrando 2023 com uma baixa de 1,6%.



Revista Oeste