sábado, 24 de dezembro de 2022

Aumento dos ministérios por Lula deve custar R$ 500 milhões por ano ao bolso dos pagadores de impostos

 A projeção é do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, visita pela primeira vez o centro de transição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e se reúne com parlamentares das bancadas aliadas.
O ex-presidiário, com apoio da companheirada do STF, auments os gastos do governo - Foto: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aumentou de 23 para 37 ministérios, para acomodar aliados na sua próxima gestão. O aumento de 14 novas pastas deve custar aos cofres públicos cerca de R$ 4 bilhões em quatro anos de mandato. Isso significa um custo anual de R$ 500 milhões, segundo o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI).

“Estamos falando de 14 novos ministérios: o valor total pode chegar a meio bilhão de reais por ano”, disse o ministro. “São R$ 2 bilhões em quatro anos, com todo o custo pago por você [pagador de impostos]. E tudo isso sem garantia de entrega, somente de despesa. Gastar mais para entregar menos. Abre o olho, Brasil.”

Nogueira cita, também, que cada ministério tem os servidores que compõem o núcleo duro. “Um secretário-executivo custa cerca de R$ 290 mil por ano; o executivo-adjunto, R$ 285 mil por ano; subsecretários e assessores especiais, R$ 240 mil por ano. E nem incluímos os demais servidores”, disse ele, acrescentando que a soma dos funcionários deve chegar a R$ 12 milhões por ano para cada pasta.

“Lembre-se, isso ainda não inclui infraestrutura, local, veículos, passagens, auxílios e outros benefícios necessários para formar um ministério”, destacou Nogueira. “Se estimarmos que essa estrutura custará mais de R$ 20 milhões anuais, o valor total pode chegar a R$ 35 milhões por ano, por ministério.”

O salário mensal de um ministro é de R$ 31 mil — além de décimo terceiro (R$ 31 mil), um terço de férias (cerca de R$ 10 mil) e auxílio-moradia (R$ 7 mil). Nesse caso, relatou Nogueira, o custo adicional é de cerca de R$ 500 mil por ano para cada ministro.

Revista Oeste