Acordo prevê investimentos de US$ 8,3 bilhões (R$ 43 bilhões) para construção de uma nova usina nuclear
A Argentina fechou um acordo de US$ 8,3 bilhões (R$ 43 bilhões) em investimentos com a China para a construção de uma nova usina nuclear.
O acordo foi assinado na terça-feira 1º, em uma cerimônia que contou com a presença do governador de Buenos Aires, Alex Kicillof, e autoridades do governo de Alberto Fernández.
Esse será o maior investimento da China na Argentina e o primeiro projeto nuclear chinês na América Latina.
A nova usina terá capacidade de gerar 1,2 mil megawatts e deverá ter suas obras concluídas em até nove anos. A central terá vida útil de 60 anos e respeitará os requisitos exigidos pela Agência Internacional de Energia Atômica.
O contrato entre a Nucleoelétrica Argentina S.A. e a Corporação Nuclear Nacional da China (CNNC) prevê transferência de tecnologia para que a Argentina passe a fabricar o combustível usado na usina, que será construída na central de Zárate, Província de Buenos Aires.
“É um projeto muito importante para nosso desenvolvimento energético e econômico, que gerará mais atividade e trabalhos, tanto no processo de construção como na operação da central”, afirmou Kicillof.
Ao anunciar o acordo, Kicillof criticou o ex-presidente Mauricio Macri por não ter dado sequência aos planos iniciados por Cristina e Néstor Kirchner para retomar a produção de energia nuclear na Argentina.
“Lamentavelmente, o governo de Macri retrocedeu no progresso que tivemos entre Argentina e China. Ele suspendeu tudo e perdemos quatro anos, em que poderíamos ter tido avanços significativos”, disse.
Revista Oeste