O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (1º) que escolheu indicar o juiz federal Kássio Nunes Marques, 48, para ocupar a vaga que será deixada pelo ministro Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal, no próximo dia 13.
A confirmação da indicação foi dada pelo próprio presidente em sua live semanal, nesta quinta-feira, transmitida pelo programa "Os Pingos Nos Is", da Jovem Pan.
"Sai publicado amanhã no Diário Oficial o nome do Kássio Marques para a nossa primeira vaga do Supremo Tribunal Federal", disse Bolsonaro na transmissão feita do Palácio da Alvorada.
Ele disse que a segunda vaga será destinada a um evangélico.
Na quarta-feira (30), o presidente surpreendeu a classe política e jurídica ao comunicar ministros do STF sobre seu plano de indicar um nome até então inesperado para a vaga.
Kássio integra o Tribunal Regional Federal da 1ª Região e ganhou o apoio de Bolsonaro com a chancela de caciques de partidos do centrão, representando ainda um gesto ao Nordeste.
Hoje, o Supremo não tem nenhum ministro nordestino. A escolha de Kássio foi influenciada pelos senadores Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Ciro Nogueira (PP-PI), um dos líderes do centrão no Congresso.
Na última sexta-feira (25), Celso de Mello anunciou que irá antecipar em três semanas sua aposentadoria do STF. Inicialmente, a saída do decano estava prevista para 1º de novembro, quando ele completa 75 anos e se aposentaria compulsoriamente. Mas ele informou que sairá no dia 13 de outubro.
O escolhido pelo presidente também poderá herdar o acervo de processos de Celso de Mello, o que inclui a investigação contra Bolsonaro por supostas interferências na Polícia Federal, motivada por acusações do ex-ministro Sergio Moro.
O presidente vinha sendo pressionado por aliados e eleitores a recuar da indicação do juiz federal. Desde que o nome do juiz foi anunciado como o favorito do presidente, textos e imagens estão sendo divulgados nas redes sociais associando Kássio ao PT, partido adversário da atual gestão.
As mensagens foram também enviadas ao WhatsApp de Bolsonaro por deputados aliados.
Durante a live, havia vários comentários no YouTube contra a indicação de Kássio.

























