WASHINGTON - O jornal New York Times afirmou nesta sexta-feira, 25, que presidente dos EUA, Donald Trump, selecionou a juíza Amy Coney Barret, a favorita, para ocupar a vaga da juíza Ruth Bader Ginsburg, que morreu há uma semana, e tentar obter a confirmação no Senado antes das eleições. A decisão alteraria significativamente a composição ideológica da Suprema Corte por anos.
Segundo o NYT, o presidente se encontrou com Barrett na Casa Branca esta semana e saiu impressionado com a jurista que os principais conservadores afirmam ser uma versão feminina do juiz Antonin Scalia, integrante conservador da Suprema Corte que morreu em 2016.
O próprio Trump disse a repórteres nesta sexta-feira que já havia tomado sua decisão, mas não quis confirmar o nome. Ele disse que fará seu anúncio oficial neste sábado.
A nomeação, se confirmada, dará aos conservadores uma maioria por seis a três na mais alta corte dos EUA.
Além de Barrett, eram cotadas Bárbara Lagoa, de 52 anos, Allison Jones Rushing, de apenas 38, e uma advogada da Casa Branca, Kate Todd, segundo o New York Times. Todas apresentavam um perfil que atendia aos critérios de Trump de buscar alguém com o objetivo de ganhar o voto da direita cristã.
Membro do Tribunal de Apelações do 7º Circuito de Chicago, Barrett é a favorita dos conservadores religiosos e conhecida por suas opiniões anti-aborto.
Barret se formou no Rhodes College em 1994 e na Escola de Direito de Notre Dame, em Indiana, em 1997 - onde atuou como professora universitária.
Ela já foi cotada para nomeações anteriores para a principal corte americana. Dois anos atrás, após nomear Brett Kavanaugh para a Suprema Corte, Trump disse que estava "guardando a indicação de Barret para outra ocasião".
A carreira judicial de Barrett começou em maio de 2017, quando Trump a escolheu para o 7º Tribunal de Apelações em Chicago. Depois de três anos no cargo, Barrett era considerada a principal candidata a substituir a juíza Ginsburg.
Com 48 anos, ela poderá permanecer no Supremo Tribunal por décadas.
Com NYT