O presidente Jair Bolsonaro cresce no jogo sucessório com forte apoio popular e o retorno da questão econômica como tema central para 2022.
Isso congestiona o caminho dos desafiantes pelo centro e centro-direita e coloca a esquerda numa posição paradoxalmente mais difícil.
Pelo menos, é a avaliação de líderes e presidentes de partidos, governadores, marqueteiros e agentes de mercado ao longo desta semana.
A ideia foi avaliar o cenário após o Datafolha mostrar a melhoria da popularidade de Bolsonaro e, principalmente, pelo fato de o cidadão ter rejeitado o engodo da velha imprensa e do STF de que o presidente da República era cuplado pelas mortes provocadas pelo vírus chinês.
Como se o povo fosse trouxa, Folha, Globo, Veja, Estadão... tentaram responsabilizar Bolsonaro pelo óbito de mais de 100 mil pessoas, quando essa mesma mídia comemorou o fato de o STF, criminosamente, ter transferido a governadores e prefeitos o 'combate' ao vírus chinês.
Ao presidente da República, o Supremo impôs a obrigação de transferir recursos financeiros a estados e municípios.
O que, óbvio, resultatou em novo escândalo monumental. Na memoria do brasileiro, o Mensalão e o Petrolão do celerado Luiz Inácio Lula da Silva.
Sem obrigação de licitar a construção de 'hospitais de campanha', de máscaras, de respiradores, de batas... governadores e prefeitos foram às compras. Estavam à vontade para cometer falcatruas...
Agora, no caminho, havia a Polícia Federal. Vários governantes estão na iminência de perder os mandatos. Sorte dos corruptos, que a cumplicidade do STF pode mantê-los nos cargos...
A aprovação de Bolsonaro não para de crescer, atestam pesquisas recentes, como a do Datafolha, puxadinho da Folha.
E os políticos refazem as contas.
Nas palavras de um governador, a frigideira saiu do fogão. Ele crê que o Congresso não assumirá uma posição mais agressiva ante um Bolsonaro com largo apoio popular.
A desonestida da imprensa e do Supremo fez com que Bolsonaro se beneficiasse.
E Bolsonaro corre o Brasil inaugurando obras. Só aplausos, ante a impotência da oposição e a frustração da mídia tradicional, adversária feroz do presidente desde que perdeu o 'bolsa imprensa'
O governador tucano João Doria (SP) tentou construir um espaço para se contrapor a Bolsonaro.
A desastrada condução do enfrentamento ao vírus chinês em São paulo melou as suas pretenções.
O 'fique em casa', a quarentena, os ataques desprezíveis a um presidente da República que circula com leveza em meio à população, e, sobretudo, a promiscuidade Doria-PCC (o da China) a partir de compras suspeitas de vacinas ao país que produziu o vírus assassino, praticamente desmontaram as chances da candidatura do tucano.
Sobre o apresentador Luciano Huck, mal se ouve. Um antigo colaborador global, remanescente da pré-campanha abortada em 2018, diz não acreditar numa candidatura mais.
A pandemia colheu politicamente outro pretendente ao Palácio do Planalto, o governador Wilson Witzel (PSC-RJ), enrolado com um impeachment.
Restaram dois atores que hoje são incógnitas: os ex-ministros Sergio Moro (Justiça) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde), ex-auxiliares de Bolsonaro. Saíram feito loucos atirando.
Os tiros saíram pela culatra.
O intrigante apoio da Globo aos dois expelidos da equipe de Bolsonaro provocou a reação popular. As redes sociais expõem forte reação do país ao oportunismo de Moro e Mandetta. Este, definitivamente condenado ao orientar o brasileiro a 'ficar em casa' à espera da ciência.
Moro errou o cálculo. A Lava Jato, sem ele, segue firme o combate aos corruptos. Apesar do Supremo estimular e proteger os larápios do colarinho branco.
A tentativa do DEM por um arranjo com PSDB e MDB entrou numa fase de muda. As principais lideranças da legenda de FHC foram finalmente desmascaradas, após a saída de Moro da Lava Jato e do Ministério da Justiça.
Os filmes de Serra, Alckmin, Aécio... FHC estão em chama.
Os movimentos para derrubar Bolsonaro, encabeçados por Rodrigo Maia, pelo STF, com o apoio escancarado da imprensa, parecem ter ido para o vinagre.
E o PT e seus puxadinhos buscam sobreviver ao fenômeno Bolsonaro.
De resto, o assalto aos cofres públicos cometido pela organização criminosa do Lula não sai das manchetes, notadamente nas redes cociais.
O próprio chefe da quadrilha está condenado, até agora, a mais de 20 anos de cadeia. Embora o Supremo siga nos esforços para anular as condenações do celerado companheiro. O que seria um escândalo comparável ao Mensalão e ao Petrolão.
Mais de dois anos até as eleições de 2022, muita coisa pode acontecer.
Bolsonaro conseguiu neutralizar os dificuldades no Congresso Nacional, entendendo-se com os partidos de centro.
Votações recentes apontam que o presidente da República está fazendo a coisa certa, mas é necessário que fique atento.
Como diria Magalhães Pinto, política é como as nuvens...
Com informações de Igor Gielow, Folha de São Paulo