A produção da Petrobras (PETR3; PETR4) no segundo trimestre de 2020 foi de 2,802 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), alta de 6,4% ante os 2,633 milhões de boed em igual período do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre, houve uma queda de 3,7%.
Segundo a estatal, a piora se deu principalmente por conta dos impactos da pandemia da Covid-19, que resultaram em: hibernação das
plataformas que operam em águas rasas e não são resilientes a baixos preços de petróleo; interrupção temporária de produção em algumas unidades flutuantes (FPSOs; e queda na demanda, que foi pior em abril, e se recuperou em maio e junho.
plataformas que operam em águas rasas e não são resilientes a baixos preços de petróleo; interrupção temporária de produção em algumas unidades flutuantes (FPSOs; e queda na demanda, que foi pior em abril, e se recuperou em maio e junho.
Apesar disso, a companhia afirmou que a produção de petróleo no Brasil foi mantida no patamar planejado. No segundo trimestre, a produção comercial da Petrobras ficou em 2,474 milhões de boed, alta de 4,1% sobre o mesmo período de 2019 e queda de 5,1% ante o início deste ano.
Entre abril e junho a produção no pré-sal teve leve queda de 1% na comparação com o início do ano, para 1,527 milhões de boed, o que segundo a empresa é reflexo dos impactos da redução de produção, em especial em maio, com a interrupção da produção na área de Tupi e Cidade de Mangaratiba e do atraso na resolução de problemas operacionais em algumas unidades.
Os eventos, porém, foram parcialmente compensados pela menor realização de paradas programadas no segundo trimestre, explicou a Petrobras. Na comparação com o mesmo período de 2019, a produção no pré-sal saltou 30,7%.
Já a produção de petróleo do pós-sal em águas profundas e ultraprofundas caiu 7,6% ante o período entre janeiro e março. O resultado se deu pelas paradas temporárias de produção do FPSO Cidade de Santos e Capixaba, ambas para desinfecção.
Derivados
Enquanto isso, a produção de diesel e de gasolina tiveram queda no segundo trimestre tanto na comparação mensal quanto anual, ambas por conta das menores vendas para o mercado interno por conta da pandemia.
No caso do diesel houve um recuo de 9,7% na produção ante o mesmo período de 2019 e de 2,4% sobre o primeiro trimestre, para 650 mil barris por dia (Mbpd) resultados que foram aliviados pelo aumento da demanda por parte das distribuidoras, que haviam reduzido o estoque em março, além de fatores sazonais.
“O maior recuo da produção ocorreu no mês de abril, quando as refinarias operaram com 59% da sua capacidade, tendo a produção de diesel se reduzido para 542 Mbpd”, explicou a Petrobras.
A partir de maio houve recuperação nas vendas enquanto em junho a empresa bateu seu recorde de produção de diesel S-10, de 335 Mbpd.
Já a produção da gasolina ficou em 290 Mbpd, queda de 19,4% sobre início do ano e de 25,3% ante o segundo semestre de 2019.
A Petrobras explicou que as menores vendas causaram a redução das atividades operacionais das unidades de craqueamento catalítico (FCC) em todo o refino, inclusive com paradas de unidades de FCC na REPLAN e na REGAP, nos meses de abril e maio, e na REMAN em todo o período, com previsão de retorno em janeiro de 2021.