Integrante do Supremo Tribunal Federal deve aguardar retorno das sessões presenciais para entregar caso contra o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública
Ex-juiz federal e ministro da Justiça e Segurança Pública no início da gestão do presidente Jair Bolsonaro, Sergio Moro deverá ter a sua conduta à frente da Lava Jato em Curitiba analisada pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2021. Na Corte, corre processo que pode determinar a suspeição do ex-magistrado.
O caso contra Moro está nas mãos de Gilmar Mendes, que já teceu críticas públicas ao trabalho realizado pelos agentes da operação Lava Jato. De acordo com a revista Veja, o ministro do STF, que pediu vista quando a suspeição estava a ser analisada em dezembro de 2018, tende a aguardar o retorno das sessões presenciais para devolver o tema ao tribunal.
O STF só deve retomar as sessões presenciais em 2021. Ou seja, a tendência que os julgamentos ocorram de forma online até o fim de 2020. Conforme sinalizado pela Corte, essa decisão ocorre como medida de segurança em meio à pandemia da covid-19 no Brasil. Nesse sentido, vale registrar que o integrante mais jovem da Corte, Alexandre de Moraes, tem 51 anos.
Suspeição
Na prática, o STF vai analisar se Sergio Moro foi parcial ou imparcial no julgamento de casos da Lava Jato. Caso a maioria do Supremo vote pela suspeição, os processos julgados por Moro quando era juiz federal em Curitiba poderão ser anulados. Entre as figuras julgadas e condenadas por Moro está o ex-presidente Lula.
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Anderson Scardoelli, Revista Oeste