sábado, 25 de julho de 2020

Alexandre de Moraes e censura, tudo a ver

No Google, ministro do Supremo Tribunal Federal também é associado à “advogado do PCC”
alexandre de moraes
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes
Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Depois de Alexandre de Moraes determinar o bloqueio de perfis de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro no Twitter, Facebook e Instagram, aumentou no Google a curiosidade pelo nome do juiz. Além disso, cresceu 1.150% na plataforma as buscas que relacionam o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) à palavra “censura”.
Em nota, o Twitter explicou que 17 contas foram desativadas porque a empresa se viu obrigada a cumprir determinação judicial do STF. “O Twitter agiu estritamente em cumprimento a uma ordem legal proveniente de inquérito da Suprema Corte”, informou a empresa.

Monitoramento Oeste

Na sexta-feira, 24, numa escala de 0 a 100 que o Google utiliza para mensurar o interesse dos internautas, Alexandre de Moraes obteve 100 pontos em comparação com os oito registrados no início da semana. Rio de Janeiro, Acre e Distrito Federal foram os locais de onde partiram a maior quantidade de buscas pelo nome do magistrado.
Desde o início de 2020, é a terceira vez que cresce o interesse por Moraes, pouco procurado na internet até então. O primeiro pico foi atingido em 26 de abril, quando ele deu prazo à Polícia Federal para ouvir Abraham Weintraub, então ministro da Educação, pela fala sobre “os vagabundos do STF”.
O juiz alcançou o topo novamente um mês depois, ao autorizar mandados de busca e apreensão contra aliados de Bolsonaro. O terceiro pico foi registrado ontem.
Além da palavra “censura”, pesquisas também o associam à imagem de “advogado do PCC” (crescimento de 250%) e ao “PSDB” (aumento de 300%). Isso por que, quando assumiu a Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo no governo Alckmin, Moraes foi acusado de trabalhar para o crime organizado.
Quer saber o que há por trás da Suprema Corte? Leia o artigo de J. R. Guzzo “A verdade sobre o STF”, publicado na edição n° 18 de Oeste

, Revista Oeste