Após ter o nome aprovado pelo Senado nesta quarta-feira, o subprocurador-geral da República Augusto Aras foi nomeado para exercer o cargo de procurador-geral da República, na vaga decorrente do término do primeiro mandato de Raquel Dodge. O Decreto presidencial com a nomeação de Aras está publicado em edição extra do Diário Oficial da União.
Aras passou hoje por sabatina dos senadores da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que aprovou sua indicação. Em seguida, o plenário do Senado também aprovou o nome de Aras com 68 votos favoráveis, 10 contrários e uma abstenção.
Em uma reunião amigável, com pouco enfrentamento, Aras criticou temas caros ao governo de Jair Bolsonaro, como ao defender “correções” na Operação Lava Jato. Também elogiou a lei de abuso de autoridade - ‘pode produzir um bom efeito’ – e se disse a favor do compartilhamento de informações entre o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e o Ministério Público.
A sabatina, que começou pouco após as 10h, durou 5h30min, menos do que o previsto e também mais curta do que a de antecessores no cargo – a sabatina de Raquel Dodge levou quase 8h, enquanto a de Rodrigo Janot, 10h30.
O porta-voz da Presidência da República, Rego Barros, afirmou que não há definição sobre a data em que será realizada a cerimônia de posse de Augusto Aras como novo procurador-geral da República. Aras foi aprovado ao cargo nesta quarta, 25, no Senado e nomeado na mesma data pelo presidente. Bolsonaro e o novo PGR se encontraram no Palácio da Alvorada no fim da tarde.
Sandra Manfrini, O Estado de São Paulo