
Jodie Foster é o que há de melhor no thriller de ficção científica “Hotel Artemis”, a partir de quinta nos cinemas. Cinco anos depois de “Elysium”, a atriz de 55 anos, que tem duas estatuetas do Oscar em casa (por “Acusados”, em 1989, e “O silêncio dos inocentes”, em 1992), volta a aparecer à frente das câmeras. Ela agora encarna uma personagem conhecida apenas como “a Enfermeira” — uma mulher acima do peso, que bebe mais do que devia, está sempre com os cabelos desgrenhados, é avessa a maquiagem e anda mancando.
A ação se dá em 2028, em Los Angeles, em um futuro distópico, com muita violência e a população irada nas ruas em protesto pela privatização da distribuição de água na cidade. Jodie comanda o misterioso hospital com nome de hotel que dá título ao filme, na primeira aventura na direção do roteirista e produtor britânico Drew Pearce (que escreveu “Homem de Ferro 3”).
Liberdade, liberdade
Já fiz de um tudo
Minha prioridade é, hoje, dirigir. Comecei a trabalhar como atriz aos três anos. Adolescente, já era uma veterana da indústria em “Taxi driver” (quando recebeu sua primeira indicação ao Oscar, em 1977). Nunca fiz nada por tanto tempo em minha vida e não comecei subitamente a sentir falta de atuar (risos).
Posso fazer agora qualquer coisa, uma ponta numa série de TV, um especial de três minutos que só vai pro seu smartphone, e estou feliz com isso. Não preciso mais provar nada pra ninguém.
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Eduardo Graça, O Globo