O reitor da UFRJ, Roberto Leher, filiado ao PSOL, diz que a redução das verbas para o Museu Nacional pelo governo federal estaria na raiz do incêndio ocorrido no domingo, 2, como se ele não fosse vinculado à instituição, que tem total autonomia administrativa e financeira para administrá-lo.
Leher reclama também que os R$ 21,7 milhões destinados pelo BNDES ao museu só foram liberados neste ano.
Além disso, “esquece” de dizer que a verba da UFRJ no orçamento federal equivale apenas a uma fração de seu gasto total.
Na verdade, a verba do BNDES para o Museu Nacional representa apenas 0,8% do gasto anual anual da UFRJ, de cerca de R$ 2,5 bilhões– R$ 1,2 bilhão para pagamento de professores e funcionários administrativos da ativa, R$ 900 milhões por ano para inativos e pensionistas e R$ 388 milhões de custeio em 2018, segundo dados da própria universidade e da Agência Brasil.
Com tantos gastos “mais importantes” da UFRJ, não é de estranhar que esteja faltando dinheiro para o museu.
José Fucs, O Estado de São Paulo