domingo, 2 de setembro de 2018

Em crise, governo argentino eliminará entre 10 e 13 ministérios, diz imprensa local

crise financeira argentina, que já fez o peso se desvalorizar 50% neste ano, fará com que o presidente Mauricio Macri elimine entre 10 e 13 de seus ministérios, segundo a imprensa argentina. Hoje, o governo Macri tem 19 pastas.
Dois dos três principais assessores de Macri também devem cair: o secretário de coordenação interministerial, Mario Quintana, e o secretário de coordenação de políticas públicas, Gustavo Lopetegui, de acordo com informações dos jornais La Nación e Clarín. Anteriormente, Macri já havia  chamado Quintana e Lopetegui, ao lado de seu chefe de gabinete, Marcos Peña, de "seus olhos e sua inteligência".
Em crise, governo argentino eliminará entre 10 e 13 ministérios, diz imprensa local
Valorização do dólar no mercado internacional já obrigou Macri a pedir um socorro
de US$ 50 bilhões ao FMI e a trocar parte de sua equipe econômica
Foto: Mariana Mendez/AFP
Durante este sábado, 1º, Macri passou o dia reunido com sua equipe na Quinta de Olivos, a residência oficial da Presidência, para fazer a reestruturação do governo e preparar um pacote de novas medidas econômicas, que será anunciado na segunda-feira.
Entre as propostas políticas, está a conversão dos ministérios de Ciência e Tecnologia, Cultura, Energia, Agroindústria, Saúde, Turismo, Ambiente, Trabalho e Modernização em secretarias de outras pastas. Do lado econômico, deverá ser feito um forte ajuste fiscal.
Com altos déficits fiscal e de conta corrente, a  Argentina é um dos países mais afetados pela valorização do dólar no mercado internacional. O movimento já obrigou Macri a pedir um socorro de US$ 50 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e a trocar parte de sua equipe econômica – anteriormente, caíram o presidente do Banco Central e o ministro da Produção. O Banco Central também acabou elevando sua taxa básica de juros de 27,5% para 60% -- a maior do mundo.

Na quarta-feira, a situação financeira do País se agravou após o presidente anunciar que havia pedido antecipação da ajuda do FMI. O anúncio foi feito sem detalhamento e acabou sendo mal recebido pelo mercado, o que gerou uma nova corrida contra a moeda argentina.

O Estado de São Paulo