O Brasil assistiu neste domingo um festival de 'peladas' sem precedentes.
Corinthians X Palmeiras, Internacional X Grêmio e Botafogo X Fluminense: dos 280 minutos 'jogados' pode-se aproveitar os segundos que antecederam e resultaram nos dois gols do Palmeiras e do Internacional.
O restante das partidas deve ser encaixotado e jogado no fundo do mar.
Para um país que até os anos 1970 era conhecido como 'o país do futebol' (e do carnaval), os três clássicos mobilizaram menos de 100 mil pessoas, e, considerando a pobreza dos espetáculos, pode-se imaginar que quem foi aos estádios não tinha outras opções para se distrair.
Aliás, o futebol brasileiro hoje não é distração. É uma tortura.
É preciso ser um fanático torcedor para ir a futebol... Como espetáculo, inexiste. Então, o sujeito vai ao estádio para ver a camisa do clube que ama. Pouco importa quem a está vestindo.
Um horror!
E os vibrantes narradores fazem um esforço retumbante para enriquecer o 'espetáculo'. Ouvir pelo rádio (se é que alguém ainda ouve futebol) uma narração pode enganar um fanático à distância.
Na TV, o desesperado locutor faz um esforço louco, 'esquecido' que o espectador não está vendo nada daquilo que está sendo narrado. Um vexame.
A coisa está tão feia nas nossas arenas de futebol, que Felipão, aquele mesmo dos 10 X 1, é a estrela do momento.