sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Marta: nem vice, nem Senado, nem MDB

Marta Suplicy. FOTO: WERTHER SANTANA/ESTADÃO
A senadora Marta Suplicy está neste momento (tarde de sexta-feira, 3/8) comunicando ao presidente nacional do MDB, o também senador Romero Jucá, que nem será candidata a vice-presidente da República na chapa do ex-ministro Henrique Meirelles, nem disputará a reeleição para o Senado e nem mesmo ficará no MDB.
Apesar de estar encerrando na prática a longa e bem-sucedida carreira política, ela disse ao Estado que não é essa sua pretensão: “Estou deixando a vida parlamentar e partidária, mas tenho muitos planos e estudo novas trincheiras de participação política na sociedade. Vou continuar sempre participando ativamente da política brasileira”.
Marta também lançou uma “Carta aos Paulistas”, em que agradece os 8,5 milhões de votos que teve para o Senado em 2010 e critica duramente os rumos da política brasileira. Diz que os partidos “encontram-se fragilizados, acuados e sem norte político” e demonstra frustração com o Parlamento, ao dizer que o Congresso Nacional “tornou-se refém de uma agenda atrasada dos costumes da sociedade”.
Psicóloga e psicanalista, Marta foi durante décadas do PT, migrou para o MDB durante o que considerava, e considera, “desastre Dilma Rousseff”  e encerra sua carreira parlamentar juntamente com a decisão de não se filiar mais a nenhuma sigla.
Depois de marcar a trajetória na TV e no Congresso defendendo grandes causas de gênero, de inclusão e de educação, além dos direitos LGBT, ela confessa na despedida que o cargo que mais gostou em toda a sua vida foi a de prefeita de São Paulo, “porque você pode fazer diferença na vida das pessoas, e eu fiz”.
Leia a íntegra da carta:
Por Eliane Cantanhêde, O Estado de São Paulo