segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Em NY, Temer tenta atrair investidor. Presidente tem reuniões marcadas com Goldman Sachs e Citigroup

Claudia Trevisan e Altamiro Silva Júnior - O Estado de S.Paulo

Foto: André Dusek/Estadão
Presidente Michel Temer vai discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque
Presidente Michel Temer vai discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque
Os ministros que acompanham o presidente Michel Temer na viagem para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York começam hoje uma série de encontros com investidores de Wall Street e empresários para mostrar os projetos de infraestrutura do Brasil. Já estão no país o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, os ministros da Justiça, Alexandre de Moraes, do Meio Ambiente, Sarney Filho, e o de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não está na comitiva que acompanhou o presidente. Ele chega amanhã e participa do almoço que o Temer fará com empresários e investidores para falar do programa de concessões, na quarta-feira.
Já o ministro das Relações Exteriores, José Serra, chegou no sábado e reuniu-se ontem com representantes do Canadá e Mercosul. Para mostrar o programa de concessões, Moreira Franco e outros ministros têm reuniões a partir de hoje com representantes de bancos.
O Citigroup também organiza evento com mais de 30 investidores e gestores de recursos, no hotel onde Temer está hospedado, o elegante Plaza Athénée. Hoje à tarde, Temer participa de entrevista à imprensa e falará sobre o programa de concessões anunciado na semana passada.
Antes do almoço na quarta-feira, Temer e os ministros terão encontro com empresários e presidentes de empresas. Em seguida, ele fará discurso em que deve destacar o ajuste na economia brasileira, principalmente o fiscal, e o programa de concessões. O objetivo do governo é tentar atrair capital externo para projetos no Brasil em áreas como aeroportos, estradas e ferrovias.

Na semana passada, Moreira Franco disse que o objetivo dos encontros é mostrar que o ambiente no Brasil mudou. “Temos a absoluta consciência de que a credibilidade do País, tanto interna quanto externamente, estava muito ruim, a confiança péssima e sobretudo a segurança”. Segundo ele, não havia previsibilidade de como eram as regras e quando as regras mudavam. “Havia intervenção do governo por forças ideológicas equivocadas que agrediam a própria lógica das coisas, como querer fixar uma taxa de retorno e tarifas artificiais.”