O PT reagiu com preocupação, mas sem surpresas à notícia do indiciamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dirigentes lembram que, ao contrário de episódios passados, como a condução coercitiva de Lula em 4 de março e a divulgação de grampos telefônicos do ex-presidente com a presidente afastada Dilma Rousseff, quando houve forte reação da militância nas ruas e nas redes sociais, desta vez o partido ficou calado. Nem sequer uma nota de solidariedade ao ex-presidente foi divulgada.
Lula passou o dia com Dilma no Palácio da Alvorada, em Brasília e, segundo pessoas próximas, procurou manter o foco na defesa que a presidente afastada fará na segunda-feira durante a sessão de julgamento do impeachment no Senado.
Algumas lideranças petistas lembraram que mais uma vez a Lava Jato tomou uma decisão contundente em data que coincide com momento agudo do calendário político. Outros manifestaram temor de que a Lava Jato tome mais alguma medida dura contra o ex-presidente até o dia da defesa de Dilma. Existe a expectativa de que o ex-presidente acompanhe a sucessora na sessão do senado.