segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Sem dinheiro para terceirizados, Uerj fecha por uma semana


Manifestação de residentes e terceirizados da UERJ - Aline Macedo


Com O Globo


A Uerj anunciou nesta segunda-feira o fechamento da instituição por uma semana em função da "situação de insalubridade" em que a universidade se encontra. A nota, assinada pelo reitor Ricardo Vieiralves, é divulgada na semana em que a instituição realiza a segunda fase de seu vestibular anual, marcada para domingo, mas, de acordo com a assessoria de imprensa da UERJ, a paralisação não afetará a realização da prova.


O texto diz que universidade encontra-se me tal situação devido à descontinuidade dos serviços terceirizados, “que afeta a seguranças das pessoas e do patrimônio, causada pela situação pública da grave crise de financiamento do estado do Rio de Janeiro”. A Uerj enfrenta uma crise orçamentária devido à falta de repasses por parte do governo do Estado.

O reitor afirma na nota que as negociação para o retorno à normalidade serão feitas ao longo de toda esta semana e que “o governo acena com perspectivas de resolução”.Por fim, o texto diz que a situação atual da Uerj “aumenta o risco institucional” e que o retorno das atividades está previsto para a próxima terça-feira.


Na semana passada, a instituição já havia divulgado uma nota informando que o governo estadual havia suspendido todos os pagamentos previstos. Na ocasião, a Uerj já havia alertado que a falta de repasse por parte do governo afetaria os bolsistas, residentes e os funcionários terceirizados. De acordo com o calendário oficial da instituição, as aulas terminariam no dia 18 de dezembro.

Na manhã desta segunda-feira, cerca de 100 residentes do Hospital Universitário Pedro Ernesto e funcionários terceirizados fizeram uma manifestação para protestar contra o atraso dos pagamentos.

Os residentes estão em greve desde o dia 19 de novembro até que os repasses sejam normalizados. Segundo o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed-RJ), a greve respeitará a determinação de manter 30% dos residentes no atendimento de emergência.