segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Macri diz que vai pedir a suspensão da Venezuela ao Mercosul

Janaina Figueiredo - O Globo



Presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, vai buscar suspensão da Venezuela no Mercosul - JUAN MABROMATA / AFP

BUENOS AIRES — O presidente eleito da Argentina, Maurício Macri, deu na manhã desta segunda-feira sua primeira coletiva após confirmado o resultado das urnas e reafirmou que irá buscar a suspensão da Venezuela do Mercosul devido a acusações de abusos de direitos e perseguições a políticos da oposição por parte do governo de Nicolás Maduro. Mesmo evitando antecipar as medidas econômicas que serão adotadas por seu governo ao assumir no próximo dia 10 de dezembro, ele anunciou que a pasta terá uma equipe de seis ministros. Ele também deu algumas diretrizes sobre suas primeiras iniciativas em outras áreas, entre elas políticas externas, combate à insegurança, formação do gabinete e relação entre governo e meios de comunicação.


— É evidente que a cláusula (democrática) do bloco deve ser invocada porque as acusações são claras e sem dúvidas não foram inventadas — disse Macri.

Ele assegurou que essa iniciativa será apresentada por seu governo na próxima cúpula do bloco, prevista para o dia 21 de dezembro no Paraguai. Na noite de domingo, o chefe de Estado eleito esteve alguns minutos com Lilian Tintori, mulher do dirigente opositor venezuelano Leopoldo López preso desde fevereiro de 2014. Lilian viajou especialmente a Buenos Aires para acompanhar as eleições argentinas.

O presidente eleito disse já ter conversado por telefone com o chefe de Estado do Chile, Michelle Bachelet, e do Uruguai, Tabaré Vázquez. É esperada para esta segunda-feira uma comunicação com Dilma Rousseff, já que o assessor da presidente, Marco Aurélio Garcia, entrou em contato com a secretária privada de Macri para agendar uma conversa entre os dois.