Tanto líderes da base aliada quanto ministros do governo entraram ontem em campo para tentar colocar panos quentes na troca de farpas entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS) prega serenidade para evitar novas arestas.
O duelo verbal entre a presidente e Eduardo Cunha derruba o esforço para esfriar a crise?
A gente deve trabalhar forte para estabelecer a agenda econômica que o Brasil precisa para crescer. O momento é de temperança e diálogo, não é hora de enfrentamento nem de criar arestas.
A presidente não deve cair em provocação?
Evidentemente que num momento difícil como esse há uma tensão nas relações, mas a gente tem que ter serenidade, agora é tempo de Lexotan.
Enquanto Cunha estiver lá, como deve ser o relacionamento?
Independentemente de quem estiver na presidência da Câmara, é fundamental o diálogo entre o Executivo e o Legislativo. Até porque as pautas dos dois poderes são reciprocamente importantes. O Senado e a Câmara entendem bem o momento que o Brasil vive.
O senhor disse que vai procurar a presidente Dilma para pedir calma. Que conselhos vai dar?
Quem sou eu para dar conselhos para a presidenta Dilma. Eu vou conversar como alguém que está no dia a dia, vivendo as dificuldades. Independente de qualquer coisa, sou amigo da presidenta e o que puder fazer para ajudar, eu vou fazer.