“Quando você olha os casos confessados pelos corruptos, os números são muito pequenos em relação à Petrobras. Temos um gerente executivo confesso, um diretor corrupto confesso, dois outros que negam as acusações. São quatro ou cinco pessoas de alto nível da companhia em uma estrutura altamente complexa. O que eles confessaram foi que os procedimentos regulares internos da companhia foram seguidos e que o processo de corrupção ocorreu na relação deles com os fornecedores externos. Portanto, era impossível que a estrutura normal da companhia percebesse esses problemas.”
José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, nesta terça-feira, na entrevista ao programa Contraponto, financiado pelo Sindicato dos Bancários, ensinando que o desvio de bilhões de reais por quatro ou cinco diretores que não resistiram à tentação de melhorar de vida é um fato tão irrelevante que não mereceria mais que cinco linhas num canto de página do jornal interno da estatal destruída pela maior roubalheira de todos os tempos.