Uso de usinas térmicas não terá impacto imediato no preço da energia, diz Lobão
- Ministro afasta risco de desabastecimento e diz que situação dos reservatórios das usinas é melhor este ano do que em 2012

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta segunda-feira que não haverá impacto imediato do uso das térmicas nos preço da energia aos consumidores. Se houver algum impacto, ressaltou o ministro, será mínimo.
- O fato é que a repercussão não será imediata. E, se houver, será mínima - disse Lobão, após a cerimônia de posse dos novos ministros do governo Dilma Rousseff.
O ministro disse que o governo está acompanhando de perto a situação dos reservatórios e ressaltou que a situação é melhor que a do ano passado.
- Estamos com mais de 40% nos principais reservatórios - afirmou. - Não enxergamos nenhum risco de desabastecimento de energia - acrescentou.
O ministro explicou que o governo teve que despachar térmicas para garantir a segurança do abastecimento.
- Podíamos estar operando sem despachar térmicas e, com isso, comprometeríamos um pouco a segurança dos reservatórios.
Com o aumento no consumo de energia, houve um aumento também no despacho das térmicas. Mas essa situação pressiona o caixa das distribuidoras, que precisam comprar energia mais cara para atender o mercado consumidor. O ministro disse que o governo está estudando a forma de resolver esse problema.
- Encontraremos a melhor solução possível para preservar a situação do consumidor.
Questionado sobre uma nova elevação no preço da gasolina, o ministro preferiu não comentar o assunto.
O jornal Financial Times publicou nesta segunda-feira, em seu site, uma reportagem apontando que, diante da alta dos preços dos combustíveis no mercado internacional, a política de subsídios pode prejudicar o desenvolvimento econômico dos países emergentes.