Joaquim diz que mandado de prisão de João Paulo Cunha não sai nesta segunda

Presidente do Supremo compareceu à cerimônia de abertura dos trabalhos no Congresso e afirmou que pedido não será feito hoje

Júnia Gama - O Globo

 

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, afirmou nesta segunda-feira que o mandado de prisão do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), condenado no julgamento do mensalão, não sairá nesta segunda-feira. No Congresso Nacional para a abertura do ano legislativo, Barbosa foi questionado sobre a decisão, que deixou em aberto desde que saiu de férias, no início de janeiro.

- Hoje não - limitou-se a dizer o ministro.

A expectativa era de que, assim que retornasse de viagem para abrir os trabalhos no Supremo, Joaquim Barbosa finalmente expedisse o mandado de prisão de João Paulo Cunha. Isso porque, antes de sair de férias, o presidente do tribunal chegou a decretar a prisão de João Paulo, mas não formalizou o documento a ser entregue à Polícia Federal para que a ordem fosse cumprida.

Segundo o STF, não houve tempo hábil de deixar o mandado de prisão pronto antes de Barbosa sair de férias. De acordo com a assessoria da Corte, antes de expedir o mandado de prisão, é preciso enviar a comunicação à Câmara dos Deputados e a documentação para a Vara de Execuções Penais (VEP). Enquanto isso não ocorre, João Paulo está em liberdade, aguardando a decisão.

Em viagem ao exterior durante suas férias, Joaquim Barbosa chegou a criticar os colegas Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski, que assumiram interinamente a presidência do STF durante sua ausência, por não executarem sua decisão. Ambos preferiram aguardar o retorno do ministro para que ele mesmo tomasse as providências cabíveis no caso.