quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Trump classifica 'antifa' como organização terrorista

 Presidente dos EUA considera o grupo 'uma ameaça radical de esquerda, doente e perigosa


O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa em uma entrevista coletiva à margem da 74ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) na cidade de Nova York, Nova York, EUA - 25/10/2019 | Foto: Jonathan Ernst/Reuters


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira, 17, que pretende designar o movimento antifa como organização terrorista. Em mensagem publicada na Truth Social, o republicano descreveu o grupo como uma “ameaça radical de esquerda, doente e perigosa”. 


“Também recomendarei fortemente que aqueles que financiam o antifa sejam investigados a fundo, de acordo com os mais altos padrões e práticas legais”, acrescentou Trump. “Obrigado pela atenção!” 


O que é o antifa Trump fez o anúncio dias depois do assassinato de Charlie Kirk, fundador da organização conservadora Turning Point USA e aliado próximo do republicano. Setores da direita norte-americana apontam para o antifa como um dos principais responsáveis por fomentar o clima de hostilidade contra lideranças conservadoras. A morte de Kirk, somada a episódios de ataques violentos em protestos, fortaleceu o discurso de que o movimento antifascista é grupo de militância radical. Seus integrantes já foram ligados a confrontos violentos em manifestações no país, especialmente durante os protestos contra a morte de George Floyd, em 2020.  

O termo antifa — abreviação de “antifascista” — não se refere a uma organização formal, mas a um movimento descentralizado de células radicais que atuam principalmente em protestos de rua. Seus integrantes se notabilizaram pelo uso da violência contra opositores políticos, destruição de patrimônio público e ataques coordenados contra forças policiais. 

Nos Estados Unidos, a legislação sobre terrorismo prevê a classificação de organizações estrangeiras, não de grupos domésticos. O que existe é a possibilidade de órgãos como o FBI e o Departamento de Justiça investigarem ameaças domésticas à segurança nacional e processarem indivíduos por crimes relacionados ao terrorismo (conspiração, uso de explosivos e ataques contra autoridades).





Edilson Salgueiro - Revista Oeste