sábado, 7 de dezembro de 2024

Influenciadora investigada por estelionato com 'jogo do tigrinho' recebia Bolsa Família

O delegado Rony Loureiro, da Polícia Civil, afirmou que Aline Reis acumulou R$ 4,5 mil do programa do governo em 2024



Aline Reis, influenciadora investigada pela Polícia Civil de Goiás | Foto: Reprodução/Instagram


A influenciadora digital Aline Reis, investigada pela Polícia Civil de Goiás por suspeita de envolvimento em estelionato, exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro, teria recebido dinheiro do programa assistencial Bolsa Família até abril deste ano. + Leia mais notícias de Brasil em Oeste “Só em 2024, a Aline Reis recebeu R$ 4,5 mil de Bolsa Família”, afirmou o delegado Rony Loureiro. “Isso é para quem tem renda per capita de R$ 200, R$ 250.”


Cartão do Bolsa Família | Foto: Lyon Santos/Ministério do Desenvolvimento Social

As investigações apontam que Aline pode ter se beneficiado não só do Bolsa Família, mas também de outros auxílios sociais, como o auxílio emergencial, desde 2020. Nesta sexta-feira, 6, a polícia realizou uma operação em sua residência, em Cristalina, no entorno do Distrito Federal. Além disso, a Justiça bloqueou R$ 600 mil em bens de Aline. A operação faz parte de um esforço maior para desmantelar uma rede de fraudes.



Segundo o delegado, a pessoa que recebe auxílio social sem necessidade tem que responder criminalmente. “Seja por estelionato, por falsidade ideológica, mas tem que responder”, disse Loureiro.


Carol de Souza e Tawane Alexandra também são alvo da operação | Foto: Reprodução/Redes Sociais 

Além de Aline, as influenciadoras digitais Carol de Souza e Tawane Alexandra também estão na investigação. Elas são suspeitas de usar suas presenças on-line para enganar seguidores e participar de esquemas ilegais de jogos de azar, além de práticas de lavagem de dinheiro. Em São José dos Campos (SP), a polícia bloqueou R$ 7,7 milhões em bens de Carol de Souza. Tawane Alexandra teve R$ 800 mil bloqueados em Luziânia (GO). A polícia afirma que essas atividades criminosas ameaçam a integridade financeira e emocional dos cidadãos. Leia também: 

“Por que só as bets podem?” , reportagem de Amanda Sampaio e Anderson Scardoelli publicada na Edição 222 da Revista Oeste As influenciadoras são acusadas de incitar seus seguidores com simulações de jogos lucrativos, atraindo-os para esquemas fraudulentos. As penas para os crimes variam: estelionato pode resultar em um a cinco anos de prisão; exploração de jogos de azar, em três meses a um ano ou multa; e lavagem de dinheiro, de três a dez anos de reclusão.

Revista Oeste