sexta-feira, 29 de julho de 2022

Inflação na zona do euro bate novo recorde em julho. Viva o Brasil de Bolsonaro!

Guerra na Ucrânia e crise energética pressionam os preços

Dados apontam desaceleração da economia e risco recessão
Dados apontam desaceleração da economia e risco recessão | Foto: Reprodução/Pixabay

A inflação na zona do euro atingiu um novo recorde histórico em julho, de 8,9%, ante os 8,6% registrados em junho, conforme dados divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Eurostat, o departamento de estatística da União Europeia. Os recordes de inflação têm sido registrados desde o final do ano passado.

Dos 27 países, 10 registraram inflação na casa dos dois dígitos: Bélgica, Eslovênia, Eslováquia, Grécia, Espanha, Chipre, Holanda, Letônia, Lituânia e Estônia. Nesses três últimos, a inflação passou dos 20%.

Os dados do Eurostat são mais um sinal para a economia do bloco, que está desacelerando gradativamente, aumentando a probabilidade de recessão. Post da Euroestat no Twitter aponta que a maior alta foi da energia (+39,7%), seguida dos alimentos (+9,8%).

Os preços em julho continuaram a subir na maioria dos países, impulsionados pelo risco de falta de energia, alta da demanda em razão da forte onda de calor e as repercussões da guerra na Ucrânia. A crise nos sistemas de entrega de produtos e alimentos e bloqueios da política de covid zero da China também estão pressionando os preços dos bens e serviços na Europa.

Na França, a inflação é a segunda mais baixa, de 6,8%. Na Alemanha, a potência industrial da UE, a inflação subiu para 8,5%; na Itália está em 8,4%.

Entre os países bálticos, os países mais afetados são Estônia (22,7%), Lituânia (20,8%) e Letónia (21%), devido à forte dependência de importações estrangeiras para satisfazer as necessidades energéticas.

Não está claro quando ou como a crise de energia começará a diminuir. Na semana passada, a estatal russa de gás, a Gazprom, anunciou o corte no fornecimento para 20% no gasoduto Nord Stream 1.

Na semana passada, o Banco Central Europeu anunciou um aumento maior do que o esperado nas taxas de juros, o primeiro movimento desse tipo em 11 anos, e indicou que continuará elevando as taxas se a situação econômica piorar. A inflação de julho de 8,9% é mais de quatro vezes a meta de 2% desejada pelo banco.

Economia europeia cresce

Mesmo com a crise energética e a inflação alta, o Eurostat registrou crescimento da economia do bloco. O Produto Interno Bruto na zona do euro foi 0,7% maior no segundo trimestre do que nos três primeiros meses do ano, e 4% maior do que no ano anterior.

Um dos fatores da melhoria do crescimento é o fim da maioria das restrições impostas em razão da pandemia durante o primeiro semestre do ano, alavancando o turismo doméstico e internacional.

Revista Oeste