terça-feira, 30 de novembro de 2021

Em discurso duro, Flávio mira em Lula e Moro: 'Traidor é aquele que não tomou as devidas providências para descobrir quem mandou matar Bolsonaro, diz senador

 

Flávio Bolsonaro fez um discurso duro contra adversários do presidente nas eleições de 2022
Flávio Bolsonaro fez um discurso duro contra adversários do presidente nas eleições de 2022 | Foto: Reprodução/YouTube

Coube ao senador Flávio Bolsonaro, também filiado ao Partido Liberal (PL) nesta terça-feira, 30, fazer o discurso mais duro e direcionado a dois dos adversários do presidente Jair Bolsonaro na disputa eleitoral de 2022 — Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Sergio Moro (Podemos).

Sem citar o nome do ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio falou diversas vezes que “a política pode até perdoar a traição, mas não perdoa o traidor”. 

“Traidor é aquele que humilha uma mulher, que expõe publicamente uma pessoa pensando no poder porque o convidou para ser seu padrinho de casamento. E a decepção vem na proporção inversa à admiração que as pessoas tinham por essa pessoa”, disse o senador, referindo-se ao episódio envolvendo a desavença pública entre Moro e a deputada Carla Zambelli (PSL-SL) — de quem o ex-juiz foi padrinho de casamento. 

“Traidor é aquele que, por ação ou omissão, interfere na Polícia Federal. Em um governo conservador, havia uma orientação superior para que se dificultasse a aquisição de armas de fogo para as pessoas exercerem o direito à legítima defesa”, continuou Flávio. “Traidor é aquele que tenta colocar no governo pessoas que defendem o aborto.” 

Arrancando aplausos da plateia que lotava o auditório, Flávio Bolsonaro arrematou: “Traidor é aquele que não tomou as devidas providências para descobrir quem mandou matar Bolsonaro”. 

Lula

Sobre Lula, também sem citar o nome do petista, o senador recém-filiado ao PL colocou em dúvida as pesquisas de intenção de voto que apontam o ex-presidente na liderança.

“As pesquisas ainda querem nos fazer crer que um ex-presidiário, preso por roubar o povo brasileiro, está na frente de Bolsonaro mesmo com o trabalho excepcional que o governo vem fazendo nos últimos anos”, ironizou. 


Fábio Matos e Afonso Marangoni, Revista Oeste