domingo, 25 de outubro de 2020

Senado dos EUA encerra debates sobre indicação de Barrett, deixando juíza a um passo da Suprema Corte

A aprovação no Senado dos EUA neste domingo (25) do fim dos debates parlamentares sobre a indicação de Amy Coney Barrett à Suprema Corte deixou os republicanos a um passo de nomeá-la como a próxima juíza do tribunal.

Barrett entrará na vaga da juíza liberal Ruth Bader Ginsburg, que morreu no fim de setembro. Com ela na Corte, os conservadores teriam uma sólida maioria de 6 a 3 que poderia durar anos. No curto prazo, o voto da juíza pode pesar em casos envolvendo a campanha de Trump.

O presidente disse acreditar que a Suprema Corte decidirá o resultado da eleição e deixou claro que quer Barrett no tribunal caso seja julgado qualquer caso ligado ao pleito.

Anna Moneymaker - 20.out.20/AFP
A juíza Amy Coney Barrett durante visita ao gabinete do senador republicano Roy Blunt, ddo Missouri
A juíza Amy Coney Barrett durante visita ao gabinete do senador republicano Roy Blunt,
do Missouri

A expectativa é que a indicação seja votada na noite de segunda-feira (26), oito dias antes das eleições presidenciais de 3 de novembro.

Com a Casa sob o controle dos republicanos e nenhum sinal de dissidência na legenda, Barrett assumirá o cargo vitalício apesar do esperneio dos democratas.

Os votos deste domingo seguiram as linhas partidárias: os 51 senadores que votaram a favor de se passar à próxima fase do processo são republicanos. O partido tem 53 cadeiras na Casa —duas parlamentares, Lisa Murkowski, do Alasca, e Susan Collins, do Maine, se opuseram à medida.

Porém Murkowski afirmou que pretende votar para confirmar Barrett.

"Não tenho dúvidas sobre a capacidade dela de fazer o trabalho e fazê-lo bem", disse ela no sábado (24). 


Reuters