terça-feira, 27 de outubro de 2020

Ibovespa Futuro sobe com exterior mais calmo e atenção a resultados

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(berya113/Getty Images)

O Ibovespa Futuro abre em alta nesta terça-feira (27) impulsionado por uma  busca por recuperação, principalmente dos índices futuros americanos, após a queda de ontem. Por aqui, os resultados de empresas no terceiro trimestre seguem tomando a atenção dos investidores.

Hoje, na Europa, foram divulgados fortes resultados corporativos no terceiro trimestre. As ações da HSBC Holdings tiveram alta de mais de 5% após o banco apresentar lucro de US$ 2 bilhões no terceiro trimestre, e afirmar que vai oferecer pagamentos de dividendos mais conservadores.

Enquanto isso, na Itália, houve protestos contra novas restrições, que incluem o fechamento de bares e restaurantes às 18h. E na região de Paris, pacientes com covid-19 já representam 67% das internações em leitos de tratamento intensivo.

Por outro lado, o setor de tecnologia mostrou-se novamente aquecido nos Estados Unidos, pois a AMD informou que irá comprar a Xilinx por US$ 35 bilhões.

Às 09h11 (horário de Brasília), o índice futuro para dezembro tinha alta de 0,35%, aos 101.705 pontos.

O dólar futuro com vencimento em novembro registrava queda de 0,2%, a R$ 5,615.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2022 opera estável a 3,39%, o DI para janeiro de 2023 fica estável a 4,84%, o DI para janeiro de 2025 avança dois pontos-base a 6,59% e o DI para janeiro de 2027 opera estável a 7,43%.

Alta dos preços

Segundo informações do jornal Valor Econômico, Jair Bolsonaro receberá setor de soja para discutir alta de até 50% no preço do óleo. Entre os representantes da indústria da soja, porém, há quem tenha receio de que o presidente faça cobranças duras sobre o preço sobretudo do óleo de soja nas prateleiras dos supermercados, a exemplo do que tem feito com o arroz.

Bolsonaro já garantiu que não vai interferir nos preços e já tratou do tema com Guedes e Campos Neto. Valor diz que presidente do BC já alertou em conversas com ministros sobre pressão dos alimentos.

Mercado imobiliário

O Estadão estampa como chamada de capa o aquecimento do mercado imobiliário na cidade de São Paulo, que tem vivido aumento de lançamentos e vendas na comparação anual, segundo o Secovi-SP (Sindicato da Habitação). O mercado é impulsionado pelas quedas nas taxas de juros, que tornam os negócios mais em conta. Além disso, incentivam a migração de investimentos que ganham menos com aplicações em renda fixa.

Foram comercializadas 5.147 unidades em setembro, um patamar 18,9% inferior ao de agosto, que teve recorde de vendas, concentrando negócios que foram adiados nos meses de quarentena mais intensa. Mesmo assim, o número é 19,2% maior do que o mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, as vendas foram de 49.715 unidades, um aumento de 12,7% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Por outro lado, nos primeiros seis meses de 2020, o Brasil registrou queda de investimentos diretos acima da média entre o restante dos países emergentes. As informações estão sendo divulgadas na manhã desta quarta-feira, pela Conferência da ONU para Desenvolvimento e Comércio.

No primeiro semestre, houve queda de 48% nos investimentos no Brasil, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram atraídos, US$ 18 bilhões entre janeiro e junho. Em 2019, o Brasil era o quarto maior destino de investimentos diretos, mas caiu para a sexta posição em 2020, em patamar igual ao do México, e atrás de Cingapura, Irlanda, Alemanha, Estados Unidos e China.

Mas outras economias tiveram um impacto maior. A média mundial foi de queda de 49% nos investimentos, e alguns países tiveram resultados muito piores. Na Itália, a queda foi de 74%, e nos Estados Unidos, de 61%, para US$ 51 bilhões.

Radar corporativo

O destaque do noticiário corporativo fica para o resultado do Santander Brasil, que reportou lucro líquido gerencial de R$ 3,902 bilhões no terceiro trimestre, alta de 83% na comparação com o segundo trimestre e de 5,3% em relação ao mesmo período de 2019. Já o lucro líquido societário foi de R$ 3,811 bilhões no 3º trimestre deste ano, um salto de 88,2% em relação aos três meses anteriores.

O Bradesco BBI elevou a avaliação da Cteep para outperform (perspectiva de alta acima da média do mercado), com preço-alvo a R$ 32.

A Unidas informou lucro recorrente no terceiro trimestre de R$ 124,2 milhões.

A Eletrobras assinou termo de adesão a um acordo de leniência firmado entre União e a empreiteira Camargo Correia. Assim, a empresa terá ressarcimento de cerca de R$ 117 milhões.

A Petrobras afirmou na segunda-feira que a refinaria Refap realizará manutenção por 52 dias. A Guararapes aprovou o início do processo para migrar para o Novo Mercado, maior nível de governança da B3.

A Compass pretende apresentar à Petrobras proposta por fatia da Gaspetro.

A BHP rejeitou a acusação, por parte do Ministério Público Federal, de que estaria realizando um conluio com advogados para restringir os desembolsos feitos a vítimas do desastre de Mariana, de 2015, com desabamento de barragem de minérios da Samarco, joint venture da empresa com a Vale.