segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Amy Coney Barrett consolida a maioria conservadora na Suprema Corte dos Estados Unidos

WASHINGTON - O Senado dos Estados Unidos confirmou nesta segunda-feira, 26, por 52 votos a 48, a nomeação para a Suprema Corte de uma juíza indicada por Donald Trump, dando a ele uma vitória a oito dias da eleição presidencial. A aprovação de Amy Coney Barrett consolida a maioria conservadora na mais alta instância judicial do país.

A católica de 48 anos, contrária ao aborto, sucederá a Ruth Bader Ginsburg,  que morreu em setembro. 


Amy Coney Barrett
Amy Coney Barrett durante sabatina
no Senado dos EUA
Foto: Leah Millis/Reuters

Para o presidente, essa é uma oportunidade de mudar o discurso em meio a uma crise de saúde e econômica causada pela pandemia do vírus chinês

Antes de o vírus chinês provocar uma crise econômica sem precedente, desde 1929, Trump havia recuperado a economia dos Estados Unidos. O desemprego caira a 3,5%, índice formidável e só alcançado no período pós-II Guerra Mundial, quando a América assumiu a liderança do mundo livre, após enfrentar o nazismo e derrotá-lo. Mais tarde, os EUA levaram à derrubada do Muro de Berlim, com ajuda de grande parte dos moradores de países satélites da União Soviética. 

Importante notar que os Estados Unidos, cujo presidente era o republicano Ronald Reagan, tinha o apoio de outros dois notáveis líderes mundiais, a inglesa Margaret Thatcher e o Papa João Paulo II.

Era o fim do comunismo russo.

No mundo atual, a ausência de lideranças como Ronald Reagan, Margaret Thatcher e o Papa João Paulo II é frustrante. O que explica movimentos terroristas nos Estados Unidos, na França, no Chile e outros países infernizando impunemente a vida do cidadão. Inclusive incendiando igrejas... 

Chocante é que a 'velha mídia' apoia ostensivamente o torrorismo de minorias, ditas 'vítimas'. Mais grave, o Papa argentino faz um silêncio escandaloso sobre a 'queima' de igrejas católicas.

Agora, é a ditadura da China que desafia os Estados Unidos. O que chama a atenção é o fato de segmentos do Ocidente fecharem os olhos para o terror chinês. Em pleno Século XXI, parte da população do país consome morcego, cachorro, rato, gato... E quem protesta é encaminhado a campos de concentração para 'tratamento'. 

Em uma visita à Pensilvânia, Trump afirmou que o combate ao vírus chinês segue firme. Mas...

"Definitivamente estamos virando a página", afirmou aos jornalistas. 

Nesta segunda-feira, mais de 60,5 milhões de americanos já tinham votado antecipadamente, superando todos os votos emitidos em 2016 antes do dia da eleição.

Quando as mesmas pesquisas que hoje apontam derrota de Trump apontavam para a vitória de Hillary Clinton, democrata.

Trump derrotou, então, o casal Obama, a máquina de Hollywood e os Clinton. 

Os democratas se opuseram fortemente à vontade do presidente de levar adiante uma indicação para um cargo vitalício tão perto das eleições de 3 de novembro, mas a minoria no Senado não dispunha de nenhuma ferramenta para freá-la. Os republicanos contam com a maioria, com 53 cadeiras. 

A votação desta segunda-feira é a confirmação para a Suprema Corte mais próxima de uma eleição presidencial e a primeira, nos tempos modernos, sem o apoio do partido minoritário. 

Trump multiplica seus eventos de campanha e, depois de um fim de semana com agenda cheia, faz nesta segunda-feira dois comícios na Pensilvânia, um Estado-chave para chegar à Casa Branca. 

Uma indicação crucial frente às eleições 

A ascensão de Barrett à Suprema Corte mudará consideravelmente o equilíbrio do alto tribunal, com uma maioria conservadora de seis magistrados contra três mais progressistas.

A juíza deve iniciar na Suprema Corte em 2 de novembro, na véspera da eleição presidencial. Portanto, poderia se pronunciar caso a Corte avalie eventuais recursos sobre os resultados da votação.

A Suprema Corte decide nos Estados Unidos sobre assuntos complexos, do aborto ao porte de armas, passando pelos direitos das minorias sexuais.


Com AFP, AP e O Estado de S.Paulo