Informação partiu da Anvisa, que permitiu a retomada dos testes do imunizante em desenvolvimento pela universidade com a AztraZeneca no Brasil

O presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, informou que a vacina de Oxford não foi responsável pela reação adversa em voluntário do teste no Reino Unido | Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado
Ainda nesse sábado, 12, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, disse em entrevista à GloboNews que não houve relação entre a vacina contra covid-19, em teste pela Universidade de Oxford e a AztraZeneca, e a reação adversa em um voluntário do Reino Unido.
“O que é muito importante é que o comitê independente verificou que não há nexo causa”, enfatizou Torres. “Então, essa informação, sem entrar em detalhes, é importante e foi ela realmente que permitiu que os estudos prosseguissem com a maior segurança. Porque não foi constatada nenhuma causalidade entre o que ocorreu e a testagem da vacina.”
Com isso, a Anvisa autorizou a retoma da terceira fase dos testes clínicos do imunizante no Brasil, horas depois da própria universidade e da farmacêutica oficializarem que estavam recomeçando o estudo no Reino Unido.
A pesquisa havia sido paralisada na última terça-feira, 8, quando um voluntário desenvolveu um quadro de mielite aguda, de acordo com o jornal The New York Times. A doença inflamatória é considerada grave e, por isso, os cientistas decidiram pausar as testagens até comprovar a segurança da vacina.
O Brasil é um dos países onde ocorre a terceira fase dos testes clínicos do imunizante. O governo já tem acordo para a compra de 100 milhões de doses e da tecnologia de produção da droga.
Roberta Ramos, Revista Oeste