Documentos que estão no Brasil provam vínculos dos chineses com iranianos, garante agência de notícias
Banida e boicotada de vários países por fortes indícios de espionagem, o gigante de tecnologia Huawei agora é acusado pela Justiça norte-americana de ter se valido de uma subsidiária não-oficial para violar sanções impostas ao programa nuclear iraniano.
É o que informou na quarta-feira 16 a agência de notícias Reuters.
O caso veio à tona depois de uma investigação de lavagem de dinheiro, que usou o sistema bancário americano, com destino ao Irã.
Os Estados Unidos descobriram que uma empresa, chamada Skycom Tech Co. Ltd., até então suspeita de ter vinculações com a Huawei, era a fachada para as operações criminosas ocorridas entre 2007 e 2014.
As duas empresas negam que tenham qualquer tipo de relação.
Conforme a Reuters, as duas companhias atuaram juntas para que a Huawei pudesse violar as sanções impostas ao Irã.
E as provas disso estão no Brasil.
Documentos da Junta Comercial de São Paulo mostram que a Huawei abriu sua filial brasileira em fevereiro de 1999.
Três anos depois, uma de suas sócias se retirou e deu lugar para a Skycom.
Mais, os atos em nome da Huawei no Brasil eram assinados pelo fundador do gigante chinês, Ren Zhengfei.
A Skycom deixou a sociedade no Brasil em março de 2012 e repassou seus ativos para a filial holandesa da Huawei.
Com isso, a Justiça norte-americana pode provar os vínculos da China com o Irã, isso porque a Skycom era considerada subsidiária.
Mas ela e a Huawei são uma coisa só.
Cristyan Costa, Revista Oeste