O governo do presidente Jair Bolsonaro é aprovado por 55% dos brasileiros que receberam ou aguardam receber o auxílio emergencial. É o que mostra pesquisa PoderData realizada de 14 a 16 de setembro.
Houve alta de 5 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, feito de 31 de agosto a 2 de setembro. A avaliação positiva recuperou a taxa registrada há 1 mês e ficou acima da média nacional (49%).
A desaprovação do governo entre quem recebe o benefício ficou em 36% –oscilação negativa no limite da margem de erro, de 2 pontos percentuais.
O levantamento mostra ainda que a avaliação positiva do governo entre quem tentou receber o benefício, mas teve o cadastro recusado passou de 46% para 39% em duas semanas. Já a desaprovação foi de 45% para 52%.
Também houve piora na percepção do grupo que não se enquadra nas condições para receber o auxílio. Nessa parcela da população, os que aprovam o governo passaram de 46% para 39% de uma pesquisa a outra. A desaprovação foi de 44% para 57%.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Os dados foram coletados de 14 a 16 de setembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 459 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
AUXÍLIO X TRABALHO DE BOLSONARO
O PoderData também perguntou aos entrevistados como eles avaliam o trabalho individual do presidente. Bolsonaro é aprovado (classificado como “ótimo” ou “bom”) por 43% dos beneficiários do auxílio emergencial. O percentual era de 36% há duas semanas –alta de 7 pontos percentuais. A taxa é maior que a da média nacional (38%).
A proporção dos que recebem o benefício e acham o trabalho de Bolsonaro “ruim” ou “péssimo” variou de 33% para 29%, dentro da margem de erro.
AUXÍLIO EMERGENCIAL
O PoderData mostra ainda que quase metade dos brasileiros já recebeu ou está para receber o auxílio: 36% receberam ao menos uma das parcelas, e 12% aguardam o pagamento. Representam 45% da população com 16 anos ou mais.
Aqueles que tentaram, mas não conseguiram o benefício representam 13% da população –oscilou dentro da margem de erro.
A proporção do grupo que declara não estar apto a receber os pagamentos do governo caiu de 39% para 34% em 15 dias.
O auxílio emergencial foi criado para mitigar os efeitos da crise econômica causada pela pandemia provocada pelo vírus chinês, de covid-19. Com o isolamento social, milhões de brasileiros ficaram sem trabalhar. A intenção inicial do governo era fazer 3 pagamentos de R$ 600 cada. Com a continuidade da pandemia no país, o governo prorrogou o benefício com mais duas parcelas.
Em 3 de setembro, por meio de medida provisória, o governo estendeu novamente o auxílio: mais 4 parcelas de R$ 300. Em decreto publicado nesta 5ª feira (17.set.2020), estabeleceu que os beneficiários que passaram a ter vínculo empregatício depois do início do recebimento não terão direito às próximas parcelas.
A 6ª parcela (R$ 300) começou a ser paga nesta 5ª feira (17.set). As 12,6 milhões de famílias cadastradas no Bolsa Família foram os primeiros a receber.
Até esta 6ª feira (18.set.2020), o governo já pagou R$ 200,5 bilhões com o coronavoucher –como o benefício é chamado por integrantes do governo– para 67,2 milhões de brasileiros. Os números foram informados pela Caixa Econômica Federal.
Sabrina Freire, Poder360