sábado, 8 de agosto de 2020

TRF-2 nega HC, mas Gilmar manda soltar o comparsa Baldy, auxiliar de Doria, que deixou a cadeia de madrugada

 

Um Habeas Corpus proposto pela defesa do secretário de negócios metropolitanos do governo João Dpria, Alexandre Baldy, foi negado pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). Na decisão, o desembargador Abel Gomes entendeu que havia elementos suficientes para a prisão e que os crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro têm “natureza permanente”.

O secretário é acusado de integrar um esquema para fraudar licitações na área da saúde.

Porém, a defesa de Baldy também apresentou reclamação no Supremo Tribunal Federal. A decisão caiu nas mãos do ministro Gilmar Mendes.

Rapidamente, a soltura foi deferida.

Baldy já está solto. Saiu da cadeia nesta madrugada, às 2h45.

Gilmar apontou, como motivação para a soltura, o fato de que os supostos crimes investigados teriam acontecido há cerca de dois anos.

"É necessário um grande esforço hermenêutico [de interpretação] para se imaginar que o diálogo que supostamente ocorreu em 2018 constituiria uma prova minimamente concreta de que o reclamante estaria disposto a atrapalhar a investigação penal, de modo a justificar a sua prisão preventiva 2 (dois) anos depois".

Em endereço ligado a Baldy em Brasília, foram apreendidos R$ 90 mil em dois cofres. Já no apartamento dele em Goiânia, a PF apreendeu um cofre, que ainda não chegou a ser aberto, e um tablet.



Jornal da Cidade