Essa prática ilusionista exige três papéis: o do mediador e de dois debatedores que se confrontam e se estranham.
Um dos debatedores é o Caio Coppola, sempre assertivo, com raciocínio lógico e sem tergiversações. É um prazer ouví-lo, e fácil de concordar com ele, pois defende a honestidade. É um profissional de valor.
Do outro lado, há sempre um personagem bizarro defendendo as maiores bizarrias, tais como a "inocência" de Lula, a "democracia" venezuelana e a "superioridade" do socialismo.
É, em suma, um debate entre a criminalidade e a honestidade, o que gera a pergunta óbvia: por que, mesmo, uma grande emissora daria espaço e divulgação para a criminalidade?
A defesa da criminalidade já começa nas palavras da mediadora: "Um debate apresentando visões diferentes sobre o mesmo assunto, para você construir sua própria opinião".
Traduzindo a mensagem: "Espectador, apresentaremos agora um defensor da máfia e um defensor da parte honesta da população, mas as duas formas de ver o mundo são igualmente válidas e valorosas; por isso, escolha à vontade de que lado prefere estar. Ou se desejar, mescle elementos da criminalidade com os da honestidade, e 'construa sua opinião' ".
Marco Frenette
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Jornal da Cidade