quinta-feira, 27 de agosto de 2020

"O comunismo como uma religião política", por Wagner Hertzog

 

Esse conceito já foi comprovado como um erro de raciocínio grosseiro, pois o estado totalitário máximo, arregimentado na fase socialista, jamais iria desaparecer, como nunca desapareceu em nenhuma das experiências socialistas históricas.

Como qualquer religião pagã, o comunismo tem o seu panteão de deuses, como Karl Marx, Friedrich Engels e Vladimir Lenin, para citar apenas alguns exemplos.

Dentre os muitos livros "sagrados" venerados pelos adeptos dessa religião, está o Manifesto do Partido Comunista, mas outros textos também poderiam ser citados, embora sejam todos irrelevantes, pois em seu conjunto não passam de um irreparável compêndio de doutrinação e lavagem cerebral maléfica, deliberadamente arregimentada para condicionar as massas a serem obedientes a uma nefasta, degradante e opressiva tirania.

Na prática, o comunismo nunca passou de um ambicioso projeto de poder.

No entato, é normal que os idiotas úteis que sirvam a causa romantizem o comunismo e afirmem que o "verdadeiro" comunismo nunca foi implementado; limitações intelectuais e cognitivas impedem tais pessoas de enxergarem o comunismo por aquilo que ele realmente é — uma seita política totalitária, ambiciosa e assassina, cujo real propósito é subjugar, controlar e dominar as massas, de forma opressiva e absolutamente tirânica.

Essa religião política, via de regra, é defendida por indivíduos que, de uma forma ou de outra, estão obcecados pelo poder político.

Se analisarmos, por exemplo, a revolução bolchevique, vamos constatar que todos os indivíduos que estiveram envolvidos em sua organização, deflagração e execução foram motivados unicamente pelo desejo de poder político.

Na extinta União Soviética, assim que os revolucionários bolcheviques conseguiram se estabelecer como o poder político vigente — depois de derrubar a monarquia da família Romanov —, houve uma sangrenta disputa de poder entre os seus principais líderes.

Quando Joseph Stálin e Leon Trotsky se estabeleceram como os principais líderes políticos do partido, uma sádica disputa pelo poder eclodiu entre eles. Desta disputa, Stálin emergiu vitorioso, tendo manipulado de diversas formas — com subornos, promoções, chantagens e ameaças — as principais lideranças para apoiá-lo, ao passo que na mesma proporção Trotsky foi injuriado, difamado e caluniado.

Sem apoio e sem opções, Trotsky fugiu e passou o resto de sua vida no exílio, dedicando-se a escrever contra o regime stalinista. Com medo de retaliações, estava sempre cercado por seguranças.

Mesmo assim, Trotsky foi assassinado no México em 1940 pelo comunista espanhol Ramón Mercader, que trabalhava como agente estrangeiro para a NKVD, o serviço de segurança da URSS. Trotsky foi agredido várias vezes com uma picareta, morrendo alguns dias depois em decorrência da gravidade dos ferimentos.

Não obstante, a verdade é que se os papéis tivessem sido invertidos — ou seja, se Leon Trotsky tivesse se tornado o líder da URSS ao invés de Stálin —, as coisas não teriam sido nem um pouco diferentes, porque não existem diferenças substanciais entre stalinismo e trotskysmo.

A União Soviética teria sido um regime carniceiro, tirânico e genocida da mesma maneira, pois a violência, a crueldade e a tirania estão no embrião do comunismo, não importa quem está na liderança.

Em diversas ocasiões, especialmente quando foi líder do exército vermelho, Leon Trotsky demonstrou ter caráter absolutamente despótico, sanguinário, intolerante e violento. Sem dúvida nenhuma, caso tivesse conquistado o poder, ele teria sido um ditador tão malévolo e opressivo quanto Stálin, ou até mesmo pior.

O comunismo nunca foi absolutamente nada além de um regime de tirania e horror que controla seus adeptos através da violência, da doutrinação, da intimidação, da ameaça, da opressão e da lavagem cerebral.

Ditadores comunistas — em seus megalomaníacos e prepotentes delírios de grandeza — estabeleceram inefáveis e deploráveis cultos a personalidade com o objetivo de tomar o lugar de Deus.

No comunismo, encontramos valores correspondentes, mas não equivalentes, ao cristianismo; nessa religião satânica, podemos constatar que Deus é substituído pelo estado, Jesus Cristo é substituído pelo ditador, a congregação cristã é substituída pelo partido, os mandamentos divinos são substituídos pela ideologia oficial do regime e a Bíblia é substituída por literatura mundana, normalmente algum livro escrito pelo ditador que está no poder.

Para citar um exemplo, na China revolucionária, o livro vermelho de Mao era a Bíblia do comunismo chinês, e Mao era a divindade que os chineses eram obrigados a venerar.

A história mostrou de forma contundente, vez após vez, para quem quisesse ver, que o comunismo é um sistema inerentemente maléfico, perverso e agressivo — de fato, uma violenta distorção da ordem natural — que tenta não apenas destituir Deus de sua posição sagrada, mas persiste em aviltar o homem por agredi-lo sistematicamente, forçando-o a violar a sua consciência e as suas convicções em nome de uma ideologia mundana, hostil e degradante.

No comunismo, o indivíduo é destronado de sua posição humana e reduzido a condição de mero serviçal de uma ditadura despótica, agressiva e violenta. O comunismo é satânico, imoral, degradante, maligno, abominável, despótico, e acima de tudo, é anti-vida, anti-Deus e anti-cristão; tudo o que há de mais deplorável e pernicioso pode ser atribuído ao comunismo.

As ditaduras mais nefastas, mortíferas e genocidas da história foram comunistas. O comunismo precisa ser combatido diariamente, até que venha a ser plenamente erradicado.

Afinal, trata-se da mais degradante bestialidade criada pelo Diabo, e continua desencaminhando os incautos, os ignorantes e os alienados, apesar de sua verdadeira natureza e de suas reais intenções terem sido plenamente expostas centenas de vezes, para todos aqueles que desejam conhecer a verdade.

Wagner Hertzog

Jornal da Cidade