Governo defende a base mais ampla possível de transações tributáveis para apresentar alíquota baixa. Setor financeiro é contra
A isenção de contribuição previdenciária patronal sobre o trabalhador que recebe um salário mínimo é apenas uma das medidas estudadas pelo governo para viabilizar o imposto sobre transações digitais. O ministro da Economia, Paulo Guedes, discute ampliar a base de arrecadação para apresentar uma alíquota baixa ao Congresso.
O governo ainda ajusta os últimos detalhes do tributo e, portanto, não tem fechado de quais setores seria cobrado o imposto. A equipe econômica discute um tributo entre 0,2% e 0,4%. A ideia é simples: se restringe a base, sobe a alíquota. Se amplia a base, desce a alíquota.
Por esse motivo, para viabilizar uma taxa baixa, a equipe econômica estuda defender a base mais ampla possível. O problema é o sistema financeiro, que promete fazer oposição ao tributo. Entretanto, não é algo que preocupe a equipe econômica. “O setor financeiro está resistindo porque esse é o imposto que vai revelar o que talvez eles não queiram”, diz um interlocutor de Guedes.