Oportunidades estas que poderão mudar radicalmente a importância do nosso país no contexto internacional, se elas forem devidamente aproveitadas.
A prioridade dos EUA agora mudou, além da sua recuperação econômica, eles agora querem enfraquecer o poder de influência do seu maior adversário, a China.
Para isso, vão precisar de toda ajuda e é nesse contexto que o papel do Brasil é fundamental.
A Rota da Seda, essencial para a logística chinesa, aliada com seu estilo capitalista agressivo de mão de obra barata, que não respeita patentes nem acordos internacionais de comércio, permitiram que a China se tornasse, de longe, o mais eficiente produtor e fornecedor de artigos industriais do mundo.
No entanto, esse monopólio trouxe drásticas consequências para o mundo, que se viu inteiramente dependente da indústria farmacêutica chinesa na demanda de insumos. Essa perigosa dependência fez os EUA repensar suas estratégias no contexto militar e geopolítico mundial e é nesse ínterim que o Brasil entra como peça fundamental, que só irá nos beneficiar a médio e longo prazo.
Está na proposta eleitoral do governo Trump que os EUA pretendem enfraquecer a China.
Para isso, eles planejam oferecer incentivos através de créditos de impostos para companhias que fecharem suas fábricas na China, permitindo que 100% dos custos de mudança das indústrias farmacêutica ou de robótica sejam deduzidos dos seus impostos de renda, o que significa que elas poderiam trazer as fábricas de lá para os Estados Unidos a custo zero, além de impedir contratos federais com companhias que tenham sua produção terceirizada para os chineses.
Donald Trump está determinado a responsabilizá- los pelo que fizeram com a pandemia do coronavírus.
O cenário então está oportuno para o nosso país e depende mais de nós mesmos do que dos norte-americanos.
Na indústria siderúrgica por exemplo, há uma oportunidade real para que as empresas que saírem da China venham se estabelecer no Brasil com ampla anuência americana, pois é uma questão de estratégia geopolítica que seus aliados tenham condições industriais que lhe permita dar suporte eficiente em casos de crise internacional.
Assim, é premente que o Brasil acelere suas reformas estruturantes de maneira a permitir que tiremos proveito dessa situação.
O curioso é que não é difícil fazer isso, basta apenas que desburocratizemos de vez as regulamentações que só atrapalham o nosso crescimento econômico.
Está mais do que provado que o Estado nos prejudica seriamente quando tenta interferir na economia e não precisamos perder mais essa oportunidade para mostrar isso a quem ainda tem dúvida e insiste nessa forma falida de administração.
Felizmente, estamos no caminho certo embora ainda muito precisa ser feito para que nossa liberdade econômica seja finalmente alcançada.
É só deixar o povo livre para que, a exemplo da maior potência econômica mundial, alcance o patamar que nosso povo merece estar.
Alan Lopes
Jornal da Cidade