O bom senso prevaleceu e, por 316 votos a 165, a Câmara dos Deputados manteve o veto do presidente Jair Bolsonaro aos reajustes de servidores públicos até o fim de 2021.
Primeiro teste do novo líder do governo, Ricardo Barros (PP) teve atuação fundamental para garantir a expressiva votação.
Eram necessários 257 votos para manter o veto e os 316 superam inclusive o quórum qualificado de 308 para aprovar mudanças constitucionais.
Segundo cálculos do Ministério da Economia, a derrubada do veto poderia elevar os gastos com pessoal em cerca de R$ 130 bilhões no ano que deve ser de austeridade para ajudar na recuperação da economia dos efeitos da pandemia.
A liberalidade poderia abrir caminho para que governadores e prefeitos, em ano eleitoral, utilizassem os recursos federais de socorro para uma farra nacional de reajuste salários de servidores estaduais e municipais.
A confusão começou nesta quarta (19), com a derrubada irresponsável do veto pelos senadores, que não viram motivo para proibir os aumentos. Segundo os senadores Major Olímpio e Izalci, a derrubada do veto não obrigava o aumento dos gastos, “apenas permitia”.
André Brito, Diário do Poder