Ex-presidente garante que o coordenador da Lava Jato no Paraná cometeu “abuso de poder”
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou que o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) julgue nesta terça-feira, 25, uma ação apresentada por Lula contra o procurador Deltan Dallagnol.
“Concedo em parte a tutela de urgência requerida, a fim de determinar que o Conselho Nacional do Ministério Público mantenha a inclusão na pauta do pedido de providências”, informou Fachin na decisão.
Os advogados do petista apelaram ao STF em 21 de agosto.
Lula interpela a demora do conselho de analisar a ação, apresentada ao CNMP há 4 anos. O prazo para análise acaba em setembro.
O tema já foi retirado da pauta 42 vezes, conforme a defesa do ex-presidente.
Lula quer que o coordenador da Lava Jato no Paraná e outros procuradores sejam punidos por “abuso de poder”.
O petista garante que isso pode ser provado através da apresentação em PowerPoint, de 2016, montada por Dallagnol.
Nos slides, o ex-presidente é apontado como chefe de organização criminosa.
Cristiano Zanin e Valeska Teixeira Martins, advogados do petista, sustentam que recorreram ao STF depois de decisões da Corte que beneficiaram Deltan.
Além disso, Dallagnol é alvo de outros dois processos. Um deles é movido pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL); o outro, por Kátia Abreu (PP-TO).
Dessa forma, ambos pedem que o procurador da Lava Jato seja punido por supostas irregularidades.
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Cristyan Costa, Revista Oeste