Novidade na B3, a “opção de copom”, na qual o investidor pode aplicar na expectativa para a taxa básica de juros a cada reunião do Comitê de Política Monetária, o Copom, do Banco Central (BC), registrou no primeiro mês desde seu lançamento a média de 1.220 contratos por dia.
Já são mais de 17 mil contratos em aberto.
O produto foi majoritariamente utilizado por investidores institucionais, responsáveis por 75,7% dos negócios.
Já as instituições financeiras ficaram com a fatia de 21,9%.
Regras do jogo. O valor da aplicação paga pelo investidor nessa opção depende da probabilidade de acontecer cada cenário.
Por exemplo: se o mercado apontar uma chance de 60% de os juros caírem mais 0,25 ponto porcentual na próxima reunião do Copom em agosto, levando a Selic para 2%, e o investidor aplicar nessa expectativa, ele poderá ter um lucro de R$ 4 mil com o contrato de opção se esse for o corte do juro.
Ele receberia, se confirmada a aposta, R$ 10 mil, mas por conta da probabilidade do evento ocorrer (60%) haveria um desconto dos R$ 6 mil. Se a probabilidade de o evento ocorrer fosse de 70%, o custo do contrato seria de R$ 7 mil e por aí vai.
Quanto menos arriscada a probabilidade do evento ocorrer, menor o lucro de quem acertar.
Na opção de copom, quem errar, perde tudo.
Fernanda Guimarães, O Estado de São Paulo