sexta-feira, 10 de julho de 2020

Covidão do STF: Mais de R$ 5 milhões achados na casa de ex-secretário de Saúde do Rio

MP-RJ prendeu Edmar Santos nesta sexta-feira, na capital, e encontrou o dinheiro numa casa da região rerrana fluminense
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Dinheiro encontrado em casa do ex-secretário de Saúde do Rio, Edmar Santos | Foto: Reprodução
Além de prender o ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apreendeu mais de R$ 5 milhões em dinheiro em uma das casas dele, em Itaipava, região serrana do Estado.
Santos foi preso em Botafogo, bairro da zona sul carioca, levado à Cidade da Polícia e, depois de um exame no Instituto Médico Legal, para a Unidade Prisional da Polícia Militar de Niterói, na região metropolitana do Rio.
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Dinheiro encontrado na casa de Edmar Santos estava em malas | Foto: Reprodução
O ex-secretário é suspeito de irregularidades nos contratos de saúde do Estado durante a crise do coronavírus e deve responder por peculato e organização criminosa, de acordo com o MP-RJ.
Já existem provas de que Edmar Santos era a interface entre empresas e a secretaria. Segundo o ministério, ele chegava a indicar quem seriam os contratados em determinados processos administrativos.
Em conversa telefônica, o ex-secretário ordenou a criação de uma lista secreta dos fornecedores da Saúde.
“(…)Mapeia para mim todos os endereços de depósito de distribuidor de medicamento, distribuidor de material médico e distribuidor de equipamento aqui no Rio de Janeiro. Cara, todos esses endereços de depósito, deixa uma lista aí secreta contigo. Só eu e você vamos ter acesso a isso”
A ordem foi dada ao ex-subsecretário Gabriell Neves, também preso.
O Rio gastou mais de R$ 1 bilhão em contratos emergenciais com dispensa de licitação para adquirir respiradores, oxímetros, medicamentos e locar leitos privados. Há suspeitas de irregularidades em toda essa documentação.
Apenas 52 respiradores de mil comprados na gestão de Santos serviam para o combate à covid-19. Os contratos foram feitos com três empresas investigadas.
Outros 97 que chegaram estão parados no aeroporto Antônio Carlos Jobim, sem destinação.

, Revista Oeste