Volume de empregos está estimado no Plano de Desenvolvimento do Semiárido, conjunto de ações apresentado ao programa Pró-Brasil
O Programa de Desenvolvimento do Semiárido (PDS), detalhado anteriormente por Oeste, tem um grande articulador no Congresso. Trata-se do deputado General Girão (PSL-RN), presidente da Frente Parlamentar Mista em Prol do Semiárido. O congressista tem feito uma peregrinação na Esplanada dos Ministérios para emplacar a pauta, que pode gerar 8 milhões de empregos.
Na última semana, Girão se reuniu com o ministro das Comunicações, Fabio Faria, e o secretário nacional de Cultura, Mário Frias. A meta é circular por todos os ministérios. O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, é um dos mais requisitados. Não é para menos, uma vez que o PDS se viabiliza apenas por meio de contratos de concessão.
Serão visitados pelo menos 13 ministérios. Afinal, as ações previstas no plano contemplam programas existentes nas seguintes pastas: Agricultura, Ciência, Tecnologia e Inovação, Educação, Comunicação, Meio ambiente, Infraestrutura, Turismo, Relações Exteriores, Minas e Energia, Desenvolvimento Regional, Economia, e Justiça — por motivos de segurança pública e jurídica.
A disponibilização de água vinda da transposição do Rio São Francisco leva o governo a acreditar em diversas possibilidades. A iniciativa, espera o Planalto, vai gerar estímulo à atuação da iniciativa privada e indução ao desenvolvimento sustentável da região. Por isso, o Executivo projeta a implementação de planos, programas e metas em todos os 13 ministérios.
Empregos
A possibilidade de implantação de mais de 1,6 milhão de hectares irrigados no vale do São Francisco faz com que os técnicos calculem que o PDS tem potencial de gerar 8 milhões de empregos. “Além de diversas outras ações que poderão ser estimuladas, objetivando a geração de renda compatibilizada com a preservação ambiental”, destaca um trecho de documento obtido por Oeste.
Uma série de fatores são elencados no plano de desenvolvimento do semiárido. Entre eles, a viabilização da hidrovia do Rio São Francisco, com a recuperação e complementação da malha rodoferroviária do Nordeste; a implantação de infraestruturas hidráulicas que permitam a geração de energia, aliada ao grande potencial em outras fontes de energias limpas, tais como eólica e termo solar.
A expansão da agricultura irrigada e a exploração racional da agropecuária de sequeiro é outra citada. “Com eliminação da agricultura de subsistência como atividade econômica”, destaca um trecho. Outras ações são o zoneamento ecológico e econômico visando à organização espacial, a avaliação das disponibilidades econômicas direcionadas à preservação da biodiversidade e a utilização racional dos recursos hídricos.
Do agro à educação
As ações do PDS não param por aí. O plano sustenta, ainda, o aproveitamento de minerais na produção de insumos agrícolas e construção civil, na revitalização dos centros de lapidação e artesanato mineral, e outras medidas ligadas à extração mineral. “A exemplo da reativação de polos de exploração de granito”, informa o documento.
Outras medidas são voltadas para o agro, saneamento, educação e meio ambiente: prioridade ao ensino básico e implantação de cursos profissionalizantes; ampliação dos serviços de saúde e saneamento básico; difusão da tecnologia de criação de peixes em canais e reservatórios; estímulo ao desenvolvimento do artesanato local como do turismo; e promoção de projetos de verticalização da produção.
Rodolfo Costa, Revista Oeste