A gota d’água da queda do presidente do Banco do Brasil foi o conflito que ele criou com o Tribunal de Contas da União (TCU), que o Planalto considerou desnecessário, no momento em que o presidente Jair Bolsonaro tenta melhorar as relações com as instituições. Após o TCU recomendar a suspensão dos anúncios do BB em sites bolsonaristas, o banco cancelou toda a publicidade digital, como uma forma marota de pressionar os ministros. A manobra foi imediatamente percebida.
Sem anúncios, caíram os negócios e, no recurso à decisão do STF, o BB reclamou de “prejuízos ao banco”. Pegou muito mal no TCU.
No agravo, o banco presidido por Rubem Novaes reclamou da redução em um terço das contratações de cartões de crédito e contas digitais.
A manobra do presidente do BB irritou os ministros do TCU. “Cretinos!”, exclamou um deles, indignado, em conversa com esta coluna.
O ministro Paulo Guedes, que nomeou Novaes, reclamava que ele não enfrentava o corporativismo no BB, “que não é estatal e nem privado”.
A informação é do jornalista Cláudio Humberto, colunista do Diário do Poder.